O presidente Jair Bolsonaro participou, no último sábado, de evento em Brasília para colher assinaturas de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil. Em discurso de pouco mais de 30 minutos, ele falou sobre sua gestão até o momento, projeções futuras e ainda apontou quais seriam os primeiros passos para a consolidação da nova sigla. Um desses “ingredientes” para o fortalecimento do Aliança, segundo Bolsonaro, é acelerar os trâmites necessários para lançar um candidato para concorrer a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) na eleição suplementar que deve ser realizada neste semestre em Mato Grosso.
“A gente já formou o partido, dá tempo de lançar um candidato ao senado em Mato Grosso?”, questionou a outro representante que estava ao seu lado. “Se der tempo, essa será a primeira porta nossa. Eleger um senador raiz do Aliança”, acrescentou o presidente, que em seguida foi aplaudido pelo público.
Em seu discurso, Bolsonaro ainda pregou que é necessário buscar apoio e força, pois muitas vezes veta ou sanciona projetos contra sua vontade. “As vezes é necessário recuar. O Brasil não é eu, tem outros poderes”. Como exemplo, ele citou o Supremo Tribunal Federal (STF). “Não tenho problemas com o STF. Quando decidem algo, procuro não reagir pró nem contra. Busco respeitar”. “Com a ajuda de todos, crescemos no ano passado e a expectativa é continuar assim”.
No entanto, apesar do otimismo pregado, o caminho para o Aliança concorrer a eleições em 2020 não é curto. Um dos passos é conseguir o reconhecimento de pelo menos 492 mil assinaturas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março. Este é um dos motivos da visita do presidente a diversas capitais nas últimas semanas, como ocorreu em Brasília.
Selma se elegeu com a bandeira de ‘senadora de Bolsonaro’ em 2018 e acabou cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico na eleição. A decisão do TRE foi mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nesta 4ª, o TRE deve marcar a data da eleição para senador.