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Conselho é contrário à contratação do goleiro Bruno pelo Operário Várzea-Grandense

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A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)

Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso (CEDM) divulga nota de repúdio contra a possível contratação, por parte do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense, do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, condenado a mais de 20 anos de prisão por participação na morte da modelo Eliza Samudio, mãe de um filho dele.

A entidade espera que a agremiação repense a decisão de integrá-lo ao elenco em respeito às mulheres. O conselho ressalta que Bruno, à época do crime jogador do Clube de Regatas do Flamengo, foi condenado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado. “Trata-se de alguém que demonstrou profundo ódio e total desrespeito às mulheres ao tratar dessa forma cruel e bárbara aquela que seria a mãe do seu filho”.

A entidade ressalta que o futebol cria ídolos entre crianças e jovens, em processo de formação, e entende que contratar alguém capaz de cometer um crime tão bárbaro é um fato bastante preocupante. “Mesmo tendo cumprido parte da pena pela morte de Eliza Samudio, e tendo obtido na Justiça a progressão de regime para o semiaberto, a gravidade dos crimes cometidos por Bruno Fernandes impõe que ele seja tratado com mais rigor e não como se fosse um ‘ídolo’ que merece ser disputado por clubes de futebol”.

Para o conselho, a contratação passa uma mensagem subliminar de que machismo e misoginia são práticas toleradas. “Isto, especialmente, no nosso país e Estado onde os índices de mulheres que sofrem violência e morrem todos os dias por esse motivo estão entre os mais altos do mundo”.

O CEDM afirma que vai acompanhar o desdobramento do caso.

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