As obras do Hospital Central de Cuiabá serão licitadas no primeiro trimestre, independente da decisão judicial da comarca da capital, que deu prazo de 60 dias para que o governo apresente o projeto de retomada do empreendimento. Segundo o secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, ainda antes da sentença judicial, o governador Mauro Mendes já havia divulgado, em cerimônia realizada em novembro, um vídeo com o projeto da nova unidade.
“Independente de notificação judicial, já fazia parte dos planos um novo hospital. O governador teve várias reuniões discutindo este projeto. Cada canto deste hospital tem a mão do Mauro Mendes. Foi ao longo do ano (de 2019) feito um trabalho em cima disso. Antes da decisão, ele já lançou a obra e um vídeo mostrando todo o projeto. Então, está caminhando para licitação neste primeiro trimestre. A partir de então, iniciarão as obras e, com certeza, na gestão do governador Mauro Mendes, este hospital deverá ser inaugurado, até porque grande parte dos recursos já estão garantidos”, disse Mauro Carvalho, em entrevista a uma emissora da capital.
As obras do hospital central foram iniciadas em 1984, mas, após mudança de governo, não foram concluídas. Na cerimônia realizada em novembro do ano passado, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, detalhou o esforço para construção da unidade. “O primeiro desafio já passamos. Ao longo dos últimos sete meses, estivemos debruçados na reformulação de um novo hospital, muito maior do que aquele originalmente previsto e com as soluções tecnológicas que atendem as normas técnicas vigentes”, afirmou, na ocasião.
A unidade terá 32 mil metros quadrados de área construída, 9 mil da estrutura antiga e 23 mil de ampliação. O custo estimado para construção é de R$ 135 milhões, com recursos obtidos pelo Ministério Público Estadual (MPE) em ações de combate à corrupção.
O hospital central terá nove salas cirúrgicas, 60 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), 36 leitos na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 21 leitos de pronto atendimento, 44 leitos de retaguarda e 129 leitos de enfermaria. Atenderá nas especialidades de cardiologia, neurologia, vascular, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, infectologia, pediatria e cirurgia geral.
A previsão dada por Figueiredo, em novembro, é de que o contrato seja assinado em abril, com previsão de conclusão das obras em 24 meses.