As secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente, Obras, Educação e seus devidos setores, juntamente com entidades iniciam uma grande força tarefa de combate à dengue em Sinop. O objetivo é diminuir os índices de infestações do Aedes aegypti. De acordo com o vice-prefeito Gilson de Oliveira, a ação é uma resposta da gestão à população, mas a sociedade precisa participar para ter o resultado desejado.
“Eu não tenho dúvida que o trabalho feito aqui hoje, essa resposta que a prefeitura está dando, aliás, sempre esteve atuando na questão da dengue, vai chamar a atenção da população para um problema que é de todos. Com certeza, teremos uma melhora nesta questão dos casos de dengue, mas é preciso o envolvimento da população e isso ficou claro nesta discussão”, afirmou, através da assessoria.
O coordenador do Centro de Endemias, Cesário Rocha, reforçou que haverá uma série de ações por parte das secretarias envolvidas, no entanto, 80% dos focos estão dentro dos quintais e é necessária a conscientização. “Vamos intensificar, ainda, mais as ações neste período chuvoso, haja vista esse aumento na incidência do mosquito e de casos positivos na cidade. Estaremos fazendo um grande trabalho, porém, o ator principal é a população, já que os focos predominam no lixo pequeno e que é passivo de recolhimento todos os dias”, afirma.
Com prontidão, já foi implantada uma sala de situação e monitoramento emergencial de controle e combate ao mosquito, anexo ao Centro de Endemias, que será coordenada por um biólogo cedido pelo Ministério da Saúde ao município. Para somar nos serviços haverá uma integração dos Agentes de Combate às Endemias com os Agentes Comunitários de Saúde.
Também, será realizada a contratação de mais 60 profissionais para atuarem no combate a endemias. Além, disso, haverá a aquisição de cinco novas bombas costais motorizadas para intensificar os bloqueios de casos.
Um mutirão de recolhimento de lixo já está sendo organizado para iniciar ainda neste mês. A fiscalização de terrenos baldios – que por muitas vezes servem de depósito irregular de lixo – também será intensificada e é de responsabilidade do proprietário mantê-los limpos. “A gente sabe que neste período de chuvas precisamos somar esforços, é fundamental que a população contribua fazendo a manutenção de seus imóveis. Entretanto, verificando que o terreno está com o mato alto e com descarte de resido será feita a aplicação de multa. Em relação às áreas institucionais, há um cronograma de atuação de limpeza que já é realizado”, enfatiza a secretária municipal de Meio Ambiente, Ivete Mallmann.
Devido ao alto quantitativo de casos da doença, a Secretaria Municipal de Saúde realizou, na mesma data, uma capacitação destinada aos enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde, para que os atendimentos específicos de pessoas com a suspeita de dengue. Com isso, será possível diminuir o fluxo de pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Pedimos para a população com sintomas de dengue que procure os postos de saúde, pois estamos criando uma frente para facilitar os exames para que os pedidos sejam realizados pelos próprios enfermeiros e para que venham com um resultado mais rápido. E, em casos graves, conforme avaliação do médico, o paciente será encaminhado para a UPA”, frisa o secretário municipal de Saúde, Gerson Danzer.
Todas as decisões levam em conta o atual cenário registrado no município, com 3.074 notificações da doença, das quais 722 casos foram confirmados até o final de dezembro de 2019.
A Prefeitura de Sinop conta, também, com o apoio da sociedade para a realização de denúncias de imóveis e locais com suspeita de entulho acumulado e foco de dengue. O número de telefone é o 3511-1829; já pela palma da mão, é possível informar o município por meio do aplicativo Se Liga Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, na última terça-feira uma criança, de 7 anos, foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no Hospital em Cáceres (219 quilômetros de Cuiabá). A menina estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Sinop, com quadro de dengue hemorrágica. A informação foi confirmada pela assessoria do Instituto Social Saúde e Resgate à Vida (ISSRV), que é responsável por gerir a unidade de saúde.