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Justiça mantém presos acusados de envolvimento em latrocínio de professor da UFMT Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo/arquivo)

A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, decidiu manter presos dois acusados de envolvimento no latrocínio de Francisco Moacir Pinheiro, 53 anos, que era professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Sinop. O professor que lecionava no curso de Enfermagem desapareceu em dezembro de 2018. O corpo dele foi encontrado com sinais de tiro na cabeça, às margens da MT-423, rodovia que liga Sinop a Claudia.

Rosângela entendeu que não houve “qualquer alteração fática-jurídica favorável” após a decretação das prisões preventivas. “Outrossim, não antevejo nenhuma irregularidade na tramitação do presente processo, estando o feito tão somente aguardando o cumprimento da diligência outrora determinada para prolação de sentença”, destacou a magistrada, em reanálise das prisões.

Em agosto do ano passado, a Justiça revogou a prisão do personal trainer de 27 anos, também acusado de envolvimento no crime. O suspeito estava preso desde janeiro de 2019, quando foi localizado por policiais civis em uma casa, na rua dos Lírios, no centro.

Durante audiência de instrução, a defesa entrou com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando ausência “dos requisitos autorizadores da segregação cautelar previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal” e afirmando “que o acusado é primário, possui trabalho e residência fixa, de modo que possui todas as condições necessárias para responder o processo em liberdade”.

Conforme Só Notícias já informou, três respondem ação penal por latrocínio e corrupção de menores. O suspeito de ser o mandante do crime também responde por se passar por outra pessoa “para obter vantagem”, além de adulteração veicular.

O homem de 27 anos, que atuava como personal trainer, foi o último a ser preso. Ele foi localizado por investigadores da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, e do Núcleo de Inteligência da delegacia regional. Segundo um investigador, o suspeito “estava sendo monitorado e ficou em diversas casas em vários bairros para não ser preso. Nossa investigação apurou que ele foi o elo entre o principal suspeito, de 32 anos, e os outros dois suspeitos acusados de atirarem no professor”.

Antes, um adolescente, 16 anos, foi detido, em uma empresa na área central. De acordo com o delegado Ugo Reck, ele confessou que seria um dos autores dos disparos feitos com um revólver calibre 22. O segundo suspeito, de 20 anos, por outro lado, ao ser preso, declarou que não conhecia a vítima. Ele alegou que o mandante do latrocínio entrou em contato, após pegar o número com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre para fazer”.

O suspeito afirmou que o acusado combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava e se esconderem em área de mata nas proximidades, quando, então, o comparsa iria passar na frente e dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto. Ainda de acordo com o depoimento, o mandante havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que apenas a amarraria. Mas que, ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), Moacir teria percebido que o amigo estava envolvido com o crime.

O suspeito afirmou que, naquele momento, o mentor do crime teria feito a vítima descer do carro e seguiu com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. Segundo esta versão, pouco tempo depois (aproximadamente 10 minutos), foram ouvidos disparos de arma de fogo. O jovem, de 20 anos, afirmou ainda que houve a promessa, por parte do primeiro preso, de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.

Já o homem que é apontado como mandante, foi o primeiro a ser detido, próximo ao pedágio da BR-163, em Sorriso, no Renault Sandero da vítima que estava com as placas adulteradas. No momento da prisão, disse que fez a adulteração porque sabia que estava sendo procurado e queria inibir eventual abordagem policial. Sobre a morte do professor afirmou não ter nenhuma participação e alegou que havia emprestado o carro, pois tinha confiança da vítima.

O corpo do professor foi reconhecido no Instituto Médico Legal (IML) por servidores da UFMT. Ele foi trasladado e sepultado em Fortaleza, no Ceará.

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