O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivatta (PDT), entrou mesmo na corrida para o Senado e pretende ocupar a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) assim que o Tribunal Regional Eleitoral marcar data para o pleito. Só Notícias apurou que o pedetista busca viabilizar sua candidatura junto ao agronegócio. Para isso, teria convidado o ex- senador Cidinho Santos (PL) para ocupar a primeira suplência. A estratégia atrairia o grupo do ex-governador Blairo Maggi (Progressistas), que fecharia questão com o agro em torno de Pivetta.
De quebra, o pedetista sairia com apoio da senadora Selma Arruda, que nutre simpatia por Pivetta e que, inclusive, nos bastidores circula que teria dito que pediria voto. Apesar da cassação e da inelegibilidade, a ex-magistrada deixa um importante passivo eleitoral com uma militância que não aceita a sua condenação e que está inclinada a segui-la politicamente.
Se a candidatura de Pivetta frutificar, o governador Mauro Mendes (DEM) terá uma terceira linha para se equilibrar, já que Carlos Fávaro (PSD) tem a preferência de Mendes por ter sido candidato da coligação em 2018 e é adversário político de Pivetta em Lucas do Rio Verde, e que o Democratas pressiona para ter candidatura, inclusive com orientação da executiva nacional.
A eleição suplementar ainda não tem data definida. O Tribunal Superior Eleitoral já publicou o acórdão com a cassação de Selma Arruda por abuso de poder econômico e prática de caixa 2, mas o Senado ainda não fez a leitura da decisão para confirmar o afastamento. Após a leitura, começa a correr o prazo de 90 dias para a realização da votação. Ao que tudo indica deve ficar para fevereiro na volta do recesso.