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Nortão: defesa diz que acusada de matar líder de assentamento está doente mas juíza nega prisão domiciliar

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Só Notícias/Herbert de Souza

A juíza Thatiana dos Santos negou o pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar de uma mulher de 29 anos, acusada de envolvimento no homicídio do assentado Cleirto Alves Braga, 49 anos, morto a facadas, em abril deste ano. O corpo da vítima foi encontrado enrolado em um lençol, às margens da MT-423, cerca de 15 quilômetros de União do Sul (173 quilômetros de Sinop).

A defesa entrou com pedido alegando que a suspeita tem dois filhos menores de 12 anos e ainda possui doença grave “causadora de extrema debilidade”. Para a juíza, no entanto, a acusada tem acompanhamento médico na cadeia, mas se apoiou na doença para conseguir a soltura.

“Nota-se através do prontuário médico que a acusada vem sendo acompanhada por profissional médico, sendo que lhe foram receitados medicamentos, não havendo informações de que não houve a disponibilização pelo SUS. Por outro lado, sabe-se que a acusada é acometida de hanseníase há muitos anos, sendo que não procurou tratamento espontaneamente e agora utiliza a doença como ensejo para a conversão da prisão preventiva em domiciliar”.

A magistrada também refutou os argumentos da defesa de que a acusada precisa cuidar dos filhos menores. Ela lembrou que duas das três crianças já estavam sob cuidados da avó materna desde os primeiros dias de vida. O terceiro filho, por outro lado, também passou a ser cuidado pela mãe da acusada, a partir do momento da prisão.

“Cumpre mencionar que a ré possui comportamento voltado ao crime tanto que já foi condenada por tráfico de drogas na Comarca de Vera, além de responder a ação penal pela prática de crimes de associação armada, receptação, posse ilegal de artefato explosivo ou incendiário, tentativa de furto qualificado, tentativa de homicídio qualificado, e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, no qual tem contra si prisão preventiva decretada”, ressaltou a juíza.

No mês passado, a magistrada entendeu que há indícios de autoria do crime e determinou que a mulher e um jovem de 20 anos sejam levados a júri por homicídio qualificado, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil “eis que os acusados decidiram matar a vítima com o intuito de tirá-la do triângulo amoroso, bem como a fim de cessar com supostas chantagens que Cleirto fazia com a relação a denunciada”. A dupla também responderá em júri por fraude processual e ocultação de cadáver. A data do julgamento não foi marcada.

Conforme Só Notícias já informou, um cabo da Polícia Militar informou, ao Só Notícias, que “a vítima foi assassinada na casa onde morava em um assentamento rural. Depois, foi levada pelos suspeitos para o local onde foi encontrada. O que se sabe é que a mulher já teve um caso com a vítima e que é namorada do suspeito. Eles confessaram o crime”, apontou o militar, na época da prisão.

O rapaz foi transferido para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Já a mulher continua presa na cadeia feminina de Colíder.

O corpo da vítima, após ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sinop para exame de necropsia, foi velado na capela em União do Sul e sepultado no município. Conhecido como “Mineirinho”, Cleirto era líder do assentamento Nova Conquista.

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