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Sinop: justiça decreta prescrição de ação contra policial acusado de balear colega

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Só Notícias/Herbert de Souza

A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, julgou extinta a punibilidade do policial aposentado acusado de atirar no investigador da Polícia Civil, Dalmir Comerlatto, em julho de 2012. O crime ocorreu na sub-sede da Associação dos Policiais Civis de Mato Grosso, localizada na rua Inglaterra, no bairro Jardim Europa.

No início da ação, o Ministério Público denunciou o acusado por tentativa de homicídio. No entanto, em alegações finais, assim como a defesa, opinou pela desclassificação do delito e condenação do réu por lesão corporal. Ainda assim, no início de 2018, Rosângela optou por pronunciar o suspeito, destacando que “da análise dos elementos probatórios, conclui-se que os indícios de autoria estão suficientemente demonstrados nos autos, sendo a pronúncia do acusado para julgamento perante o tribunal do júri, a medida cabível”.

A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça que determinou a desclassificação da tentativa de homicídio. Com isso, Rosângela apontou que, em caso de condenação, a pena estaria prescrita em quatro anos, a partir do recebimento da denúncia em 2012. “Desse modo, considerando que o lapso temporal transcorrido entre a data do recebimento da denúncia até a presente data já se passou mais de sete anos, constato que o prosseguimento deste feito implicaria em desrespeito aos princípios da economia processual e da intervenção penal mínima, notadamente em face do desperdício de tempo e da inútil movimentação da máquina judiciária, quando já se prevê que eventual sentença condenatória não surtirá qualquer efeito”, disse a magistrada.

Dalmir relatou, conforme Só Notícias já informou, que pediu autorização para utilizar a sub-sede para confraternização de um colega de sua esposa, que é agente prisional. Segundo ele, o réu, que era presidente da associação, teria permitido a festa. Ao sair do local, no entanto, teria recebido uma ligação do suspeito, questionando a permanência de agentes prisionais nas dependências da associação. Segundo Dalmir, o policial aposentado informou que não autorizava tal situação.

O investigador, então, teria voltado até a sub-sede, onde encontrou o suspeito. Dalmir afirmou que começou a recolher seus pertences, “inclusive a carne que já estava assando na churrasqueira”. Segundo ele, neste momento, o policial aposentado portava uma arma de fogo e começou a ficar muito exaltado. O investigador detalhou que foi buscar seu carro para carregar os pertences. Ao retornar para buscar sua esposa, no entanto, foi atingido por um tiro no peito.

Ao ser interrogado, o réu confirmou a discussão e confessou que atirou no investigador. Porém, justificou que teve a impressão de que Dalmir iria pegar a arma no carro. Em sua versão, afirmou que não tinha intenção de matar, mas apenas imobilizar a vítima, “pois temia que esta poderia sacar sua arma, sendo que assim agiu para se defender”.

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