O vice-governador Otaviano Pivetta se reúne, hoje, em Madri, com representantes dos Estados Subnacionais para discutir o papel da inovação para implementação de estratégias em prol das florestas e da proteção do clima, na Conferência da ONU sobre o Clima (COP25). Mato Grosso iniciou as atividades defendendo a inclusão social e melhoria de qualidade de vida da população que vive na Região Amazônica, posicionamento que é consensual entre todos os Estados Nacionais e Subnacionais que abrigam florestas em seu território e participaram da reunião da força tarefa dos governadores pelo Clima e Floresta (GDF Task Force). Estados do Brasil, México, Peru, Colômbia e Indonésia registraram as suas prioridades para nortear as ações dos fundos de investimento gerenciados pelo GCFpara a próximo ano.
Na terça e quarta-feiras, Pivetta representa Mato Grosso no Fórum dos Governadores da Amazônia Legal na COP 25, ambiente de discussão implementado pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.
“É importante deixar de pensar apenas em assistencialismo para promovermos o fortalecimento das cadeias produtivas, com investimento em biotecnologia, para que a população consiga viver da floresta e na floresta, conservando os recursos naturais com dignidade e igualdade social”, reforça a secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, que também está na conferência
Na Embaixada do Brasil em Madri, a delegação de Mato Grosso tratou do alinhamento da mensagem que será deixada pelo País na COP 25. Governo Federal, Estados e Senado Federal buscam coalizão no discurso para que o Brasil possa receber pelos serviços ambientais prestados nos últimos 15 anos com a redução do desmatamento. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, elencou que as prioridades de atuação do Brasil são: regularização fundiária; zoneamento socioecológico e econômico; biotecnologia voltada para fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis; comando e controle para combate da exploração e desmatamento ilegais e pagamento por serviços ambientais por serviços ambientais já prestados e reduções que ainda poderá ocorrer.
A secretária Mauren Lazzaretti participa de debate sobre o papel do financiamento e tecnologia para impulsionar uma mudança sustentável e com igualdade de gênero. A mesa conta com a participação de lideranças femininas de diversos países como Indonésia e Quênia em prol da proteção do clima e é organizada pelo Centro Internacional de Investigação Florestal (Cifor), World Agroforestry Centre (Icraf) e The Center for People and Forests (Recoftc).
Mato Grosso é pioneiro na redução do desmatamento e nas emissões de gás carbônico. De acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2004 a 2019 Mato Grosso reduziu o desmatamento em 86% na porção amazônica de seu território. De acordo com as Resoluções da Comissão Nacional Sobre REDD+ (CONAREDD+), nº 6/2017 e 14/2018, o Estado tem reduções verificadas de 1.152.107.791,26 toneladas de CO2, entre 2006 e 2017.
Por conta dessa significativa redução, Mato Grosso foi contemplado em 2017 com o programa REDD+ Early Movers – REM Mato Grosso, um programa de pagamento por resultados do governo da Alemanha e do Reino Unido para jurisdições pioneiras na redução do desmatamento. Os investimentos visam impulsionar as ações de combate ao desmatamento e valorização da floresta em pé.
De acordo com o Instituto Earth Innovation, de 39 jurisdições que abrigam florestas tropicais em seu território, Mato Grosso é a única que mantém uma ampla gama de iniciativas mais avançadas que abordam a produção pecuária e agrícola de grande e pequeno porte.
Essas iniciativas estão todas elencadas dentro da Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada na COP 21 em Paris, que inclui 21 metas claras para aliar produção com conservação ambiental e inclusão social. As metas foram desenvolvidas por meio de processos participativos que incluíram atores de setores públicos, privados e sem fins lucrativos e buscam o desmatamento líquido zero em todo o estado e zerar emissões líquidas de carbono florestal até 2030, mantendo aproximadamente 6 gigatoneladas de CO2 fora da atmosfera, além de manter no mínimo 60% da cobertura vegetal nativa.
A informação é da secretaria de Comunicação.