O preço do leite pago ao produtor apresentou queda de 0,83%, sendo cotado a R$ 1,09/litro, reflexo do aumento na captação. A constatação é do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). “A pressão sobre o preço só não foi maior porque a oferta ainda se encontra abaixo à do mesmo período de 2018”.
A maior parte dos derivados lácteos apresentou retrações em seus preços no atacado e no varejo, o que reflete o aumento na oferta desses produtos. A relação de troca do leite com a saca de milho fechou o mês em alta de 5,29%. Com isto, o pecuarista precisou vender 24,32 litros de leite para comprar uma saca de milho, acrescenta o instituto no boletim semanal divulgado ontem.
Com a regularidade das chuvas em Mato Grosso em outubro, foi dada a largada à safra leiteira no Estado e a captação de leite pelas indústrias em Mato Grosso subiu expressivos 29,6% em outubro em comparação com setembro, sendo o segundo maior aumento para o período. “Isto está atrelado ao volume substancial de chuvas, que ocorreram após uma seca severa neste ano, melhorando as pastagens e aumentaram a oferta de forragem para o rebanho”. “O aumento vertiginoso na oferta no início da safra evidencia o que foi apontado pelo IMEA em um estudo recente, de que a sazonalidade na produção mato-grossense é a maior dentre os principais estados produtores, por causa da alta dependência do pasto e da baixa inserção tecnológica. Portanto, com a retomada da oferta, a tendência é de que as cotações fiquem pressionadas, o que tem deixado os agentes receosos, dado que boa parte dos lácteos estão com preços menores do que foram vistos em 2018”, conclui o instituto.