A senadora Selma Arruda (Podemos) voltou a se defender, nesta segunda-feira, em plenário, da acusação de omitir gastos da campanha eleitoral de 2018. A parlamentar, que foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), afirmou que a decisão é uma perseguição política decorrente das suas sentenças proferidas quando ainda era juíza.
A senadora terá recurso julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira. Ela ressaltou que “pode até prever que o resultado não será positivo” devido aos “interesses” por traz da cassação. No entanto, afirmou que ainda acredita na Justiça. “Se a justiça for feita, se os julgadores analisarem o processo com técnica, se eles abandonarem os interesses políticos de alguns que estão pressionando para minha cassação, eu vou sair vitoriosa”, afirmou.
Conforme Só Notícias já informou, o relator do recurso no TSE é o ministro Og Fernandes. Além de Selma também foram intimados o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e Sebastião Carvalho (Rede), ambos adversários de Selma na eleição, e os suplentes dela Gilberto Eglair Possamai e Clerie Fabiana Mendes.
Selma foi condenada pelo TRE por praticar propaganda extemporânea na pré-campanha ao contratar com uma empresa de publicidade com valores acima de sua capacidade financeira. O Ministério Público Federal (MPF) apontou que ela e Possamai (que é de Sorriso) fizeram despesas tipicamente eleitorais de, no mínimo, R$ 1,2 milhão. A defesa alegou que Possamai emprestou dinheiro para Selma mas a legislação eleitoral proíbe esse tipo de empréstimo, que só pode ser feito com instituições bancárias. O tribunal também concluiu que houve caixa 2 e abuso de poder econômico.
Selma nega as acusações e não divulgou a linha de sua defesa no TSE. O TRE de Mato Grosso também decidiu que deve ser feita nova eleição para senador mas a decisão final cabe ao TSE.
A sessão do TSE está prevista a partir das 18h.