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Empaer avalia cultivo da pitaya em Mato Grosso e deve vender mudas a partir de 2020

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Redação Só Notícias (foto: Wellington Procópio/assessoria)

No campo experimental e de produção da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá), começou a colheita da pitaya, fruta rústica, com sabor doce e suave, de polpa firme e repleta de sementes. Numa parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão sendo avaliados cinco materiais genéticos em 135 plantas. A previsão é colher mais de 3 mil quilos da fruta.

O início da florada começou em setembro, com encerramento previsto em abril. O supervisor do Campo Experimental, Welington Procópio, fala que uma planta pode produzir de 20 a 70 quilos de pitaya e pode chegar a sete floradas por safra. Hoje a fruta no mercado está sendo vendida por R$ 40 o quilo. “O alto valor pago pelo quilo da fruta, que pode variar dependendo da época do ano e da demanda, também constitui um grande atrativo para o plantio dessa frutífera”.

Os experimentos estão sendo conduzidos desde 2016, com as variedades Saborosa, Alongada, Redonda, Vermelha Figueirópolis e Roxa do Pará. Conforme Procópio, as variedades Alongada e Redonda (polpas brancas) são híbridas auto-férteis, ou seja, não necessitam de polinização. Numa safra que leva em média sete meses, a planta pode apresentar neste período frutos maduros, em desenvolvimento e no início da floração. “O objetivo do trabalho de pesquisa é estudar o manejo e buscar alternativas economicamente viáveis para a agricultura familiar”, explica.

A previsão é de que a Embrapa lance essas variedades no mercado em 2020, disponibilizando o cultivo para os produtores. As mudas serão multiplicadas no campo experimental da Empaer e poderão ser comercializadas por até R$ 15 a planta.

As espécies mais conhecidas e comercializadas, especialmente pela qualidade dos seus frutos, são a pitaya-branca (rosa por fora e branca por dentro), a pitaya-amarela (amarela por fora e de polpa branca) e a pitaya-vermelha (avermelhada por fora e por dentro).

A pitaya pertence à família Cactaceae, sendo conhecida como “Fruta-do-Dragão” ou “Escamosa”. É nativa de regiões da América Central e México, mas também cultivada no Brasil e na China. É uma planta perene, trepadeira com características básicas com dias longos e florescimento a noite. Rica em nutrientes como as vitaminas C, B1, B2 e B3 e minerais como ferro, cálcio e fósforo, a pitaya oferece excelente alternativa para a alimentação.

O pesquisador da Empaer, Hélio Kist, comenta que na primeira safra, os resultados iniciais foram bastante satisfatórios, e que os primeiros frutos produzidos pesaram entre 800 gramas e 1 quilo, com uma qualidade superior em relação ao sabor. Nesta safra, os frutos estão pesando entre 0,500 a 0,600 gramas com um bom teor de brix (quantidade de açúcar na fruta).

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