O ex-governador Pedro Taques fez ontem sua primeira aparição em evento político desde que deixou o comando do Palácio Paiaguás no dia 1º de janeiro deste ano. Ele atendeu ao convite do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi à inauguração do Hospital Municipal de Cuiabá e reencontrou-se com aliados e adversários, como o governador Mauro Mendes (DEM) e o senador Wellington Fagundes (Republicanos).
A vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Janaína Riva (MDB), que foi sua principal opositora no parlamento e que está com a relatoria das contas do último ano da gestão Taques, também estava no evento. Embora não tenha ocorrido interação entre os dois, o assunto foi abordado pelo ex-governador em entrevista coletiva.
De forma breve e resumida, Taques disse esperar que a “Assembleia Legislativa cumpra o seu papel constitucional” e que ainda analisa junto com sua assessoria jurídica a melhor forma de defesa, sem descartar a defesa pessoal, como fez no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Nós ainda não chegamos a esta conclusão. Se for o caso [de fazer a defesa pessoalmente], iremos, em respeito à Assembleia Legislativa”, declarou Taques, que já foi procurador federal em Mato Grosso e São Paulo.
Taques também evitou polemizar com Janaína e falar em perseguição da opositora. Ele entende que é necessário “ver o resultado” da análise das contas para emitir uma opinião ou fazer alguma defesa. Janaína é relatora das contas de Taques na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) da Assembleia e promete entregar o parecer em dezembro, ainda em tempo de votação em plenário. Apesar de não adiantar o resultado, a deputada se apega aos apontamentos do TCE (que foi favorável ao ex-governador) para reprovar as contas.