A Câmara de Sinop aprovou, esta noite, por 11 votos a 4, o relatório da Comissão Processante arquivando a representação contra a prefeita Rosana Martinelli (PL). A comissão concluiu que ela não cometeu crime de responsabilidade por conta das irregularidades cometidas por uma empreiteira em obras de escolas e unidades de saúde. A votação foi secreta e por ordem alfabética. Para derrubar o parecer e iniciar processo que poderia afastar a prefeita seriam necessários 10 votos. O parecer da comissão processante foi lido, no início da sessão, pelo relator vereador Ícaro Severo (PSDB) que concluiu que os documentos produzidos pela CPI são “insuficientes para associar que os atos comissivos ou omissivos da chefe do Poder Executivo Municipal tenham causado lesão ao erário”. O relator apontou que houve “desobediência” por parte do fiscal do contrato (servidor da prefeitura), que confessou não ter ido até as obras, verificar se a empresa estava cumprindo o projeto, o que “mais uma vez não caracterizaria crime de responsabilidade por parte da chefe do Executivo”. O servidor está afastado do cargo. A empresa está sendo investigada. Na prática, foram 11 vereadores que não concordaram em prosseguir o procedimento que poderia afastar a prefeita. Nas últimas semanas, o secretário de Governo, José Pedro Serafini, intensificou contatos com vereadores expondo todos os procedimentos que a prefeitura tomou em relação ao caso e que Rosana não cometeu crime.