O diretor de gestão da prefeitura de Alta Floresta (315 quilômetros de Sinop), Claudinei de Souza Jesus confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que recebeu a notificação da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) devolvendo o servidor suspeito de estelionato e que foi preso pela Polícia Civil, na última segunda-feira. Ele trabalhava na confecção de documentos no posto de identificação e também auxiliava o Instituo Médico Legal (IML) no recolhimento e remoção de cadáveres.
“Recebemos essa notificação da devolução, mas no documento está muito superficial o que houve. Hoje oficializamos o responsável pela Politec e Polícia Civil que forneça documentações para que na segunda-feira definir com o prefeito (Asiel Bezerra) se será instaurando processo administrativo. O servidor terá direito a defesa e uma comissão fará um relatório que será entregue para o prefeito tomar uma decisão. Ele é que vai definir de acordo com o estatuto como será a punição. Não é descartada a demissão”, explicou Jesus.
Ontem, a Politec informou que na ocasião do fato o servidor tinha ido ao Hospital Regional de Alta Floresta assinar um termo de entrega do corpo ao IML. O procedimento padrão da Politec em locais de crime é o recolhimento de pertences pessoais e documentos da vítima que, por sua vez, são entregues para as autoridades policiais.
O delegado Pablo Bonifácio Carneiro, confirmou, anteriormente, entrevista, ao Só Notícias, ontem, que o servidor é acusado de ter usado o cartão de crédito de uma pessoa morta para sacar ao menos R$ 2,5 mil da conta dela. As informações foram confirmadas pelo delegado responsável pelo inquérito, “As câmeras de segurança registraram toda a movimentação. Ele é suspeito de ter usado o cartão de um falecido. O saque foi de ao menos R$ 2,5 mil. Ele é um funcionário concursado da prefeitura, cedido para trabalhar na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Por isso, teve acesso ao documento dessa vítima”, explicou Carneiro.
Ainda de acordo com o delegado, a prisão ocorreu após mandado de busca e apreensão cumprido na casa dele. “Inicialmente o cumprimento de mandato era para fazer buscas de provas dos crimes. No entanto, nestas buscas encontramos na residência, algumas munições e ele foi preso pela posse ilegal. A prisão em flagrante foi por isso”.
O delegado estipulou uma fiança de R$ 1 mil, que foi paga pelo acusado e liberado pouco tempo depois. Agora, ele responderá por dois inquéritos dos crimes de estelionato, peculato e posse ilegal de munição de arma de fogo.