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Falta de umidade atrapalha replantio da soja em Mato Grosso

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A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)

Chuvas irregulares motivaram atraso e replantio da soja em Mato Grosso. Na safra atual, a semeadura da oleaginosa alcança 6,304 milhões de hectares ou 64,5% da área total de 9,775 milhões (ha), prevista para ser ocupada com a sojicultura. A área semeada atualmente no Estado está aquém daquela ocupada com a cultura no mesmo período de 2018. Na última semana de outubro de 2018, os sojicultores haviam semeado 73,2% da área prevista. A diferença anual é negativa em 8,7 pontos percentuais (p.p.), informa o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O plantio nas propriedades foi retardado e até refeito este ano devido à baixa umidade. No médio-norte, uma das regiões onde a semeadura da soja no Estado está mais avançada -com índice de 78,3% -, há produtores replantando lavouras de soja. É o caso do sojicultor Leonildo Bares, que retornou com as plantadeiras no campo para recuperar 200 hectares onde as sementes germinaram mas não se desenvolveram.

Essa área representa 25% da área total de 800 hectares que ele reservou para soja, na atual temporada. Na última quarta-feira (30), ele terminou de replantar o restante dos 50 hectares que faltavam. “A semente precisa de umidade para nascer. Mas, ficou sem chover por até 5 dias (depois da soja semeada)”.

Bares afirma que precisou comprar no varejo e de última hora as sementes. “Com isso, a gente acaba pagando mais caro”. Outra consequência negativa é não poder cultivar o milho na área replantada de soja. “Já estou fora da janela ideal de plantio, que fecha em 25 de outubro. Depois disso, a gente perde a chance de fazer uma 2ª safra de milho”, explica. É a 1ª vez em 10 anos que o produtor, que mantém propriedade em Sinop, refaz o plantio de soja. “Tinha terminado de plantar (a soja) no dia 22 e tive que voltar”. O produtor rural considera que os sistemas de previsão climática falham muito.

Apesar do atraso inicial na semeadura da safra atual em Mato Grosso, o Imea projeta encerramento dentro de calendário semelhante à série histórica. Segundo as estimativas do Instituto, no fim do mês de janeiro, 3,81 milhões de hectares ou 38,9% da área total estarão disponíveis para a colheita. Na última semana de fevereiro, 96% da área estarão disponíveis para colheita. A consolidação destas projeções é condicionada às condições climáticas, sendo que, o excesso de chuvas em fevereiro pode prejudicar a finalização da colheita.

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