A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou, hoje, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) deste mês apontando que 124.510 famílias possuem contas ou dívidas contraídas de forma parcelada. Este número é 0,2 ponto percentual menor do que o registrado no mês anterior 124, 8 mil.
O número de famílias endividadas é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 119.906 se encontravam nesta situação. De acordo com a Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso), os fatores que contribuíram para a queda foram os recursos extras advindos do FGTS e PIS/Pasep, somados à sazonalidade positiva no mercado de trabalho, favorecendo assim a redução do endividamento.
Das famílias endividadas, 30,1 mil declararam que não ter condições de pagar as contas, um aumento de 0,5 ponto percentual na comparação mensal. Já em relação a outubro de 2018, registrou-se uma queda de 2,8 pontos percentuais (35.264).
Mais uma vez, o cartão de crédito lidera como principal tipo de dívida das famílias na capital (69,5%), menos do que o registrado no mês passado (71,2%). Os carnês representam o segundo maior tipo de dívida, com 36,1%, um ponto percentual menor do que o verificado também no mês anterior.
Em relação ao tempo comprometido com dívidas, as famílias passam, em média, 7,3 meses vinculada a uma dívida parcelada. Fato curioso observado na pesquisa atual é que tal condição se aplica às famílias que recebem até 10 salários mínimos e as que recebem acima disso.
A assessoria da Fecomércio informa ainda que aumentou a parcela da renda comprometida das famílias. Este mês, elas comprometiam 23% da renda familiar, contra 14,2% no mesmo período do ano passado. Apesar do aumento, a porcentagem ainda está abaixo do limite aceito por especialistas em finanças pessoais, que é de 30%.