A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa foi instalada ontem à tarde na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá. O deputado Elizeu Nascimento (DC), que requereu a abertura da Comissão, foi confirmado como presidente. O deputado Thiago Silva (MDB) foi eleito vice-presidente, Carlos Avallone (PSDB) ficou com a relatoria e Doutor Eugênio (PSB) e Paulo Araújo (PP) estão como membros.
O líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), que havia sido indicado como titular pelo presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), declinou e passou para a suplência junto com os deputados Valdir Barranco (PT), Romoaldo Júnior (MDB), Xuxu Dal Molin (PSC), e Valmir Moreto (Progessistas).
A CPI da Energisa tem como objetivo investigar o aumento nas contas de energia elétrica no estado, o enxugamento nos quadros de funcionários e a má prestação dos serviços concessionados.
Ficou definido que serão realizados encontros semanais, às quintas-feiras de manhã, e que a Assembleia fará audiências públicas no interior em parceria com as Câmara Municipais para investigar possíveis irregularidades. Por causa do enorme número de reclamações de consumidores, a primeira oitiva deverá ser realizada com a superintendente do Procon em Mato Grosso, Gisela Simona.
“A partir de agora iniciaremos as oitivas, as audiências [públicas]. A primeira a fazer o pronunciamento será a Gisela [Simona], que é a superintendente do Procon do estado e teremos outros como o sindicato dos trabalhadores da Energisa. Ouviremos setores como o Ipem, que é o instituto que aufere a qualidade de produtos porque temos uma referência na questão dos relógios do estado de Rondônia, onde a perícia constatou, segundo informações da imprensa, que os relógios estão viciados com 40% na leitura”, adiantou Elizeu Nascimento.
O relator da CPI, deputado Carlos Avallone defendeu que, pelo volume de trabalho, seja feita divisão em diferentes sub relatorias para que todos os integrantes contribuam com a investigação. O parlamentar defende que a CPI verifique se a Energisa atende às exigências colocadas na regulamentação do setor.
“Quanto tempo é para religar [a energia], a questão da falta de energia em muitas regiões que está paralisando indústrias, para não falar do custo [valor da conta], que é a maior reclamação de todas”, afirmou.