A Justiça de Juara (300 quilômetros de Sinop) determinou que três homens sejam submetidos a julgamento popular pelo homicídio do pecuarista e piloto de avião, João de Deus Guirós, 84 anos. A vítima foi morta com quatro tiros, na própria residência, localizada na região central do município. O crime aconteceu em novembro de 2014.
À Justiça, o delegado Carlos Engelmann detalhou que o crime foi motivado por uma suposta divisão de terras. Segundo ele, após um certo de investigação, uma pessoa não identificada contou que um dos acusados havia confidenciado a autoria do crime, dizendo que havia ganhado R$ 10 mil e mais a arma do avô para executar a vítima. O neto do suposto mandante ainda teria revelado a ajuda de outro comparsa no assassinato.
A Polícia Civil também descobriu que a arma supostamente utilizada no crime havia sido apreendida com um homem acusado de estupro. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou, em laudo, que os projéteis retirados do corpo da vítima eram compatíveis com o revólver apreendido. A polícia ainda descobriu dois saques no valor de R$ 5 mil, cada, feitos na conta do suposto mandante do crime.
Os três homens vão a júri por homicídio qualificado, cometido mediante paga promessa de recompensa, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda cabe recurso contra a sentença de pronúncia.
Conforme Só Notícias já informou, a vítima morava sozinha e vizinhos disseram ter visto ele chegando, na noite anterior. Pouco tempo depois, ouviram tiros, mas não souberam identificar de onde vieram. Um amigo o procurou, já no dia seguinte, e encontrou a casa semiaberta estranhando o fato. Ao olhar o interior, o encontrou caído e acionou ajuda.
O corpo de João de Deus foi sepultado no cemitério de Juara. Ele era um dos pioneiros na aviação agrícola na região.
