Agentes da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) colocaram fogo em barracos e nos maquinários utilizados paras as atividades de um grande garimpo ilegal no município de Aripuanã (597 quilômetros de Sinop), ontem, durante a segunda da Operação Trypes.
A operação começou na última segunda-feira e cerca de 1,5 mil garimpeiros deixaram a área. Já houve a implosão do garimpo, conforme estabelecido em decisão judicial. Segundo a assessoria da secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), o terreno está vulnerável, por isso, arriscado em caso de tentativa de invasão.
Homens e mulheres que ocupavam ilegalmente a área fizeram protesto na avenida principal de Aripuanã, mas o ato foi pacífico e teve diálogo com a Polícia Federal e a Polícia Militar. Os garimpeiros querem continuar explorando a atividade na área, mas a lei estabelece que a lavra garimpeira precisa ser outorgada pela União. Ainda conforme a assessoria, as forças de segurança estaduais vão permanecer mais algum tempo no município para reforçar o efetivo a fim de evitar aumento da criminalidade.
A única ocorrência registrada durante a Operação Trype foi a morte do garimpeiro José Maria dos Santos, de 45 anos de idade, que atirou contra policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) durante a ação de varredura.
Os garimpeiros foram orientados a saírem dos barracos para uma área de triagem. Contudo, em um dos barracos, José Maria disparou tiros contra os policiais do Bope, que revidaram a agressão e acertaram dois tiros no garimpeiro.
No barraco dele foram encontradas duas espingardas cartucheiras, uma de cano longo e outra de cano curto, de calibre não identificado. Além disso, havia invólucros de pólvora, chumbo, pote com espoleta, cartuchos intactos e outros deflagrados, além de dois invólucros de quantidade não especificada de substância semelhante a ouro.
A família de José Maria, oriunda de Rondônia, reconheceu o corpo, que foi liberado na manhã desta terça-feira.