Com o DEM de volta ao poder máximo do Estado desde janeiro, a sigla começará a deflagrar o processo de discussão para as eleições de 2020. E a prioridade, segundo o senador Jayme Campos (DEM), será o diálogo com os partidos aliados que ajudaram a eleger o governador Mauro Mendes (DEM) e o próprio senador, entre os quais o MDB, do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro. “O presidente do MDB, Carlos Bezerra (deputado federal) me disse que o partido está pronto para sentar à mesa e discutir eleições e isto envolve não apenas Cuiabá, mas outras cidades”, disse Jayme.
Apesar disso, Cuiabá deverá ser o principal ponto de negociação, principalmente pela divisão interna em que os Democratas se encontra, entre a ala histórica da legenda com os irmãos Jayme e Júlio Campos e os novatos, com Mendes e o seu grupo político. “Essas são conversas embrionárias que ainda terão que ser maturadas”, disse o senador Jayme Campos, lembrando da importância das coligações nos grandes municípios.
Apesar das negociações locais, o assunto também deverá ser debatido em Brasília, já que Cuiabá entra na prioridade dos partidos por ser uma capital. Por outro lado, o MDB, além de Cuiabá, se propõe a negociar alianças em Várzea Grande, onde eles já apresentaram o nome do ex-vereador e secretário de governo da prefeita Lucimar Campos (DEM), Kalil Baracat (MDB).
Em Rondonópolis, reduto de Bezerra, a sigla deve lançar o deputado estadual Thiago Silva (MDB) e Sinop o deputado federal Juarez Costa (MDB), que é aliado da atual prefeita, Rosana Martinelli do PL do senador Wellington Fagundes. Além disso, o MDB também governa as prefeituras de Alta Floresta, com Asiel Bezerra, Primavera do Leste, com Leonardo Bortolin e Roberto Farias de Barra do Garças.
“Não disputamos apenas a Capital. Todas as cidades têm sua importância, assim como, outros cargos como vice-prefeitos e vereadores que formarão a base para as eleições gerais de 2022”, disse Carlos Bezerra que acredita na possibilidade de compor com vários partidos como o próprio DEM.
Bezerra reafirmou que a intenção do MDB não é apenas consolidar o quadro sucessório em Cuiabá e outras grandes cidades como definir um arco de alianças com partidos aliados e que tem um mesmo rumo tanto em nível federal, como estadual e municipal.
“Por mais que o governador Mauro Mendes tenha seus afazeres enquanto gestor público e com muitos obstáculos, não tem como não participar do processo sucessório municipal que envolve e dispara a sucessão estadual dali a dois anos, e ainda tem que trabalhar duro para não deixar a disputa contaminar seu governo sob pena e assumir ônus demasiadamente pesados para a política”, disse um integrante do DEM.