A promotora Fernanda Pawelec Vieira entrou com uma ação contra o prefeito de Nova Ubiratã (165 quilômetros de Sinop), Valdenir José dos Santos. Ela alega que o gestor utilizou uma caminhonete GM S10 do município para transportar os filhos e que, no dia 4 de agosto do ano passado, parou em um posto de combustíveis, onde teria sido flagrado ingerindo bebidas alcoólicas.
A denúncia foi encaminhada à promotoria em fevereiro deste ano. Conforme relatado na ação, em agosto do ano passado, em um sábado, na parte da manhã, o prefeito estacionou o veículo do município em um posto de combustíveis. Segundo a promotora, o gestor levava os filhos e ingeriu bebidas alcoólicas enquanto dirigia.
“As imagens são muito claras. São diversas câmeras de segurança que mostram o senhor prefeito chegando com a caminhonete S10 de propriedade do município, tomando uma cerveja com algumas pessoas que estavam naquele posto e, logo após receber mais duas latas de cerveja, sai dirigindo o veículo público”, diz Fernanda.
A promotora ainda afirma que o relatório do veículo aponta que o prefeito rodou por 374 quilômetros. “Por tudo o que se colheu ao longo da investigação anexa, tem-se claramente a prática de ato de improbidade administrativa por parte do réu que cometeu crime enquanto deveria estar cumprindo seu mister! Essa argumentação toda partindo-se do princípio de que o réu estava trabalhando! No entanto, as imagens são deveras claras no sentido de que o réu não estava a trabalho, ou seja, utilizava-se do veículo público para fins particulares, já que levava com ele também os filhos, além da ingestão de bebidas alcoólicas”
Na ação, Fernanda pede que Valdenir seja condenado por atos de improbidade administrativa, o que pode resultar em sanções como ressarcimento integral do dano, perda da função pública, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público.
Outro lado
Só Notícias entrou em contato com o prefeito Valdenir, que alegou não ter conhecimento ainda da ação. O gestor, no entanto, afirmou que usa o carro oficial apenas para trabalho. Disse, também, que tem sido perseguido “de forma pessoal” e 24 horas por dia pela promotora. “Vou ver a ação para me posicionar. Estou no aguardo da sanção da lei do abuso de autoridade que ela vem exercendo em nosso município para que seja responsabilizada pelas calúnias e difamações que tem feito nos últimos anos”.