A senadora Selma Arruda, que recentemente saiu do PSL do presidente Jair Bolsonaro e migrou para o Podemos alegando que sofria pressão do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para retirar a assinatura do pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar magistrados, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), “convocou” os mato-grossenses para uma manifestação neta quinta-feira (25), em Brasília, para apoiar a CPI da Lava Toga, como conhecida.
Selma defende que o combate à corrupção é a alternativa para o crescimento do Brasil por meio da geração de empregos. “Estou convidando você, cidadão mato-grossense, você, cidadão brasileiro, que se importa com essas que são as principais pautas do Brasil, sem o que não diminui o desemprego, sem o que o Brasil não volta a crescer, escrevam o que eu estou dizendo: sem acabar com a corrupção, o Brasil não volta a crescer”, disse em vídeo publicado em suas redes sociais.
A senadora reforçou o apoio à operação Lava Jato e o fim do foro privilegiado. “Nós temos pautas principais, que são CPI da Lava Toga, fim do foro privilegiado e apoio irrestrito à Operação Lava Jato, ao nosso querido ministro Sérgio Moro, ao nosso procurador [Deltan] Dallagnol e a todos esses profissionais que trabalham tanto pelo sucesso da Lava Jato”, acrescentou.
Selma é ex-juíza em Mato Grosso e ficou conhecida como “Sérgio Moro de saias” após definir a prisão de políticos como o ex-deputado José Riva e o ex-governador Silval Barbosa. Aposentou-se no ano passado e disputou o Senado dizendo-se “senadora do Bolsonaro”. Venceu, mas logo foi condenada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder econômico e prática de Caixa 2 e está com o mandato cassado. Mantém-se no cargo porque recorreu e aguarda o julgamento final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).