A prefeita Rosana Martinelli, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que baixará decreto, ainda esta semana, mudando o horário de funcionamento da prefeitura de Sinop das 7h às 13h. Atualmente, é das 7h às 11h e das 13h às 15h. Também haverá horário condicionado para ligações, economia de energia entre outras medidas. A decisão faz parte de um pacote com outras ações que ainda estão sendo estudadas para cortar gastos e pagar R$ 53 milhões em precatórios (recomposição salarial) que foram movidas pelos servidores públicos municipais e sentenciadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Também não é descartada a possibilidade de corte de pessoal. A projeção da economia que será feita com os cortes ainda será divulgada.
“É questão de economia, o município de Sinop tem que pagar acertos trabalhistas com os funcionários, que os prefeitos anteriores não pagaram. Precisam e vão ser feitos vários ajustes, inclusive a questão da redução. Tem que diminuir os custos para juntar esse dinheiro. Eu, enquanto gestão Rosana Martinelli, herdei uma dívida que não podemos discutir. As ações estão julgadas e transitadas, não tem o que fazer. Essa mudança não impacta no salário do profissional. Está previsto corte de pessoal num geral, vamos estar olhando tudo, estamos organizando. A situação é muito preocupante. A situação financeira do município está bem, mas quando você recebe uma conta que não estava prevista e já temos que começar a pagar em 2020, praticamente a arrecadação do IPTU é muito preocupante. Claro, deixar claro que não é culpa do servidor, é um direito que eles ganharam na justiça cabe a nós pagar, dívida que não era nossa, mas cabe a nós pagar e vamos pagar”.
São mais de 2,050 mil processos movidos contra o Executivo nas gestões passadas. Neste ano, já foram pagos R$ 12 milhões em ações, ano passado foram R$ 5 milhões. O impasse judicial decorre desde 2001 e em 2012 os servidores entraram na justiça cobrando o pagamento das diferenças em valores e reincorporação salarial. A ordem cronológica do pagamento é feita pelo Tribunal de Justiça. A prefeitura cabe depositar o valor uma conta criada junto ao judiciário que é quem, então, efetua o pagamento. Porém, os recursos são do caixa do município.