A demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi comemorada pelo deputado José Medeiros (Podemos). A alegria do parlamentar não é porque a saída deve impedir a criação da CPMF, conforme justificou o presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas porque, segundo o deputado, o “moço”, como ele se referiu a Cintra, tinha “birra” com Mato Grosso e travava a internacionalização do aeroporto Marechal Rondon, que depende de estrutura para a Receita se instalar e autorizar o voo entre Cuiabá e Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
“[Tem] bastante tempo que eu vinha cobrando do secretário da Receita a liberação do voo Cuiabá x Bolívia. Após inúmeras e infrutíferas tentativas, a bancada de Mato Grosso foi falar com presidente da República. Da para acreditar no nível de insolência do moço? deu de ombros e continuou enrolando o estado de Mato Grosso. Tenho certeza que a autorização para o voo agora sairá. Era birra. Parabéns Jair Bolsonaro”, publicou Medeiros em uma das suas redes sociais.
Cintra foi demitido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, depois que vazou a informação de que havia intenção de criar um imposto semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira e que a medida viria junto com a reforma tributária preparada pelo governo. Também nas redes sociais, Bolsonaro confirmou que este foi o motivo da demissão.
A bronca de Medeiros é porque o Estado busca a internacionalização do aeroporto de Várzea Grande desde a Copa do Mundo. O único entrave, segundo o governo de Mato Grosso, é a sala disponibilizada para a Receita Federal, considerada insuficiente pelo órgão.
