O delegado da Polícia Civil Bruno Sérgio Magalhães Abreu confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que terminará de analisar os dados coletados, até agora, pelos policiais e pretende concluir o inquérito que investiga a morte de Alexandre Fernando da Silva, de 27 anos, em Vera (90 quilômetros de Sinop). “Vamos analisar o que foi levantado no decorrer do processo para saber se será necessária ou não novas oitivas. Pretendo concluir ainda esse mês esse procedimento”, disse.
Alexandre levou um tiro em um pesqueiro, na MT-225, próximo da ponte do rio Tartaruga em Vera, no dia 15 de março do ano passado. O documento do Instituto Médico Legal (IML) de Sinop apontou que foi atingido na região dorsal (costas) com saída na região do tórax. O disparo foi de uma pistola .40, de um soldado da Polícia Militar.
O documento do IML contrariou a versão apresentada, no boletim de ocorrência pelo militar, que informou que estava com outras duas pessoas e Alexandre teria tentado retirar a arma da cintura dele, em forma de brincadeira. Com isso, teria ocorrido disparo acidental acertando a região do tórax. As duas testemunhas e o soldado socorreram a vítima até a unidade médica, mas não resistiu.
O militar chegou a deixar de fazer as atividades nas ruas e foi encaminhado ao serviço operacional. Na época, a pistola também foi apreendida a polícia pediu que a Diretoria Metropolitana de Criminalística em Cuiabá realizasse exame pericial. Não foi informado se esse procedimento já foi concluído.
A Polícia Civil requereu no documento que Criminalística buscasse saber se existia vestígios de impressão digital no gatilho da pistola. Caso seja encontrada a impressão, os peritos deverão realizar o confrontamento com a digital de Alexandre e do policial.