PUBLICIDADE

Desenvolvidos protocolos preservando sementes de árvores em MT; professor em Sinop integra equipe

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

Contribuições para discussões sobre aprimoramento da legislação ambiental brasileira e garantias à manutenção da biodiversidade do Pantanal são viabilizadas por meio de pesquisas das universidades públicas brasileiras como a desenvolvida pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras Instituições de Ensino Superior (IES). Treze pesquisadores desenvolveram os protocolos de congelamento e de descongelamento de sementes de 10 espécies de árvores florestais que compõe o bioma Pantanal. Os protocolos da pesquisa serão responsáveis pelo sucesso da preservação de espécies, algumas ameaçadas de extinção, por meio da criopreservação.

Segundo o professor da Unemat Petterson Baptista da Luz, doutor em Agronomia e coordenador do estudo, para a conclusão do projeto “Armazenamento de sementes de espécies florestais do Bioma Pantanal” foram necessários seis anos de pesquisas para o desenvolvimento dos protocolos de armazenamento visando à manutenção da viabilidade das sementes. Foram utilizadas cerca de 3 mil sementes de cada uma das espécies: Angico Branco (Anadenanthera colubrina), Aroeira (Myracrodruon urundeuva), Cambará (Vochysia divergens), Gonçalo (Astronium fraxinifolium), Guanandi (Calophyllum brasiliense), Piúva (Handroanthus impetiginosus), Piúva (Handroanthus heptaphylus), Jenipapo (Genipa americana), Louro (Cordia glabrata) e Canafistula (Peltophorum dubium).

Ele descreve que identificou e marcou as árvores matrizes, doadoras de sementes, na Fazenda Nhumirim, de propriedade da Embrapa Pantanal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Durante a pesquisa, a Embrapa enviou as sementes a Cáceres, em diferentes épocas do ano, de acordo com a produção de cada espécie. No Laboratório de Sementes do curso de Agronomia da Unemat, em Cáceres, foram desenvolvidos os estudos a partir de 2013. “Testamos o armazenamento em diversas embalagens de polietileno, pet aluminizado e papel craft e avaliávamos mensalmente a capacidade de germinação das sementes. Outro modo de armazenamento utilizado foi a criopreservação. As sementes eram congeladas em nitrogênio líquido, a -196°C. Dessa forma, durante a pesquisa, preservamos o material genético das plantas num banco de germoplasma na Unemat”, explicou o professor.

Luz disse ter encontrado a melhor embalagem para o armazenamento de cada uma das espécies estudadas, que variam entre recipientes de polietileno e pet aluminizado. Os protocolos de criopreservação também foram desenvolvidos para cada espécie. “Cada uma se comporta de forma diferente e algumas sementes precisam ser tratadas com substâncias que protegem o tecido da semente da formação de cristais de gelo dentro de suas células, ou seja, crioprotetores específicos em diferentes concentrações”, esclareceu Luz.

O projeto também proporcionou melhorias ao Laboratório de Sementes que atende alunos de graduação e pós-graduação da Unemat, fortificou o grupo de pesquisa e vem atendendo a demanda de outras pesquisas para a recuperação de áreas degradas no Pantanal.

Também participaram do estudo os professores da Unemat Leonarda Grillo Neves, Severino de Paiva Sobrinho, Marco Antonio Aparecido Barelli, Eder Pedroza Isquierdo e Daniela Soares Alves Caldeira, os pesquisadores da Embrapa Marçal Henrique Amici Jorge, Elisa Serra Negra Vieira (Embrapa Florestas), Suzana Maria Salis e Cátia Urbanetz (Embrapa Pantanal), e Léia Carla Rodrigues dos Santos, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Pastor Amador Mojena, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Sinop) e Iria Hiromi Ishii, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/Pantanal).

O Projeto contou com financiamento da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e de uma empresa de mineração.

A missão do Projeto Biomas é apresentar aos produtores rurais modelos de uso das espécies locais com fins econômicos e ambientais. Para isso, são pesquisadas formas de uso sustentável seja em Áreas de Preservação Permanente (APP), Área de Reserva Legal, ou mesmo em Áreas de Sistemas Produtivos. A parceria do projeto partiu da iniciativa da Embrapa que estava desenvolvendo em âmbito nacional o Projeto Biomas. A convite da Embrapa de Corumbá-MS, que tinha o propósito de estabelecer o Projeto Biomas Pantanal para recuperar áreas degradadas pela pecuária, pesquisadores da Unemat e de outras instituições propuseram projetos de pesquisa que atendessem as expectativas do Projeto Biomas Pantanal.

A informação é da assessoria da Unemat.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Homem é socorrido pelos bombeiros após ser esfaqueado em Sorriso

Um homem, de 23 anos, foi socorrido pelo Corpo...

Bombeiros combatem queimada em vegetações do aterro sanitário de Alta Floresta

Os militares do Corpo de Bombeiros fizeram, ontem, combate...

Preso em Mato Grosso foragido da justiça de alta periculosidade do Maranhão

Em apoio à Polícia Civil do Maranhão, equipe da...

Começa na 2ª feira saque do FGTS para nascidos em setembro

O saque emergencial do FGTS para os trabalhadores nascidos...
PUBLICIDADE