O delegado responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz, afirmou, há pouco, em entrevista coletiva, que Leandro José Reis, 41 anos, confessou ter assassinado a repositora Elida Cristina da Silva Fardin, 35 anos, em razão da cobrança de uma dívida de R$ 14 mil. O corpo dela, conforme Só Notícias informou em primeira mão, foi localizado esta tarde e o assassinato foi na última segunda-feira. “Conseguimos cruzar algumas incoerências na versão do suspeito, que, inicialmente, foi ouvido como testemunha. Algumas coisas não batiam com o que levantamos anteriormente. Quando confrontamos a versão (do acusado) pela primeira vez, ele conseguiu segurar. Mas trouxe outras incoerências que passamos a investigar. Por estas outras incoerências, o intimamos até a delegacia novamente e ele não encontrou outra saída, que não confessar o delito e apontar onde estava o corpo”, disse o delegado.
Leandro confessou à Polícia Civil que, na segunda-feira, por volta das 15h, a vítima foi até o pequeno restaurante dele, no centro, para cobrá-lo. Ele disse que se irritou e, em um momento de fúria, pegou uma corda de varal e enforcou Elida. Depois, embrulhou o corpo com sacos plásticos e fitas isolantes, e saiu para fazer compras. Cerca de três horas mais tarde, retornou para o local, colocou o cadáver no porta-malas do carro e levou até o Setor Industrial Norte (proximidades do kartódromo).
Em depoimento à Polícia Civil, Leandro detalhou que tinha uma relação de amizade e sociedade com Elida e o marido dela. Conforme o delegado, eles emprestavam dinheiro (e cobrando juros). “Seriam sócios nesta forma de se ganhar dinheiro. Como sociedade, tinham relacionamento de amizade também. Ele (Leandro) fala que, no momento da cobrança, era R$ 14 mil, mas tinham diversos negócios juntos. Possuíam diversas quantias emprestadas de um para o outro. Era uma forma de movimentar estes empréstimos”, explicou Muniz.
A Polícia Civil, segundo o delegado, descarta envolvimento de outras pessoas e vai pedir a prisão preventiva de Leandro. Ele deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Desde segunda-feira, familiares e amigos estavam mobilizados, também pelas redes sociais, procurando Elida, que era casada e trabalhava como repositora em um supermercado.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia e sepultado neste sábado de manhã, em Sinop.