A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Departamento de Sanidade Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) discutiram o posicionamento dos frigoríficos no processo de abate dos animais reagentes a Brucelose em Mato Grosso. A reunião foi realizada, nesta segunda, em Brasília.
Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Francisco Castro, o objetivo do encontro foi reivindicar soluções para alguns entraves no controle e na erradicação da doença e a possibilidade de abate dos animais reagentes.
De acordo com Castro, ainda existem pontos a serem coordenados pelo ministério para trazer segurança e viabilidade econômica no abate desses animais. Para ele, o Mapa precisa explicar aos frigoríficos que não há irregularidade no procedimento e que os auditores fiscais seguem um padrão nas inspeções para não penalizar os animais que são reagentes à doença. Também é necessário modernizar as normativas.
“Se penalizar esses animais, o produtor rural vai ter muita dificuldade de descartar, porque ele não quer ter prejuízo. O produtor está aderindo ao programa e agora só precisa o frigorífico entender que ele precisa ajudar junto com o Mapa”, disse o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA. Segundo a assessoria, o animal reagente não necessariamente tem a doença, pois o teste rápido pode dar positivo. Mas o animal, para ser considerado doente, deve apresentar os sinais clínicos da Brucelose.
O assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Ricardo Nissen, e o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, também estiveram presentes no encontro. O encontro ainda contou com a participação de representantes do programa “Mato Grosso contra Brucelose”, campanha educativa lançada no estado para combater e prevenir a enfermidade.