A Justiça negou mais um pedido de relaxamento da prisão preventiva dos dois acusados de envolvimento no homicídio de Hunaldo Pinheiro Lima, 30 anos, morto a tiros, no dia 12 de outubro do ano passado, em uma rua do bairro Camping Club. Um dos réus foi preso ainda em novembro. O outro foi localizado em janeiro deste ano.
No início do ano, a Justiça já havia negado pedido para soltar os dois, apontando que não houve “qualquer alteração fática-jurídica após a decisão que decretou a prisão preventiva dos acusados”. Também destacou que “predicados pessoais, ocupação lícita e domicílio fixo não são, por si sós, suficientes” para revogar as prisões.
Em abril, após audiência, a defesa fez novo pedido de relaxamento das prisão, alegando “constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa”. O pedido foi indeferido. No último mês, mais uma vez, foi feita solicitação para soltar os acusados por excesso de prazo. “Não obstante os fundamentos sustentados de que o prazo para a conclusão da instrução criminal encontra-se demasiadamente excedido, analisando detidamente os autos, constata-se que o processo está tramitando regularmente dentro do limite do razoável”, consta na decisão judicial, em nova negativa de soltura dos réus.
Conforme Só Notícias já informou, Hunaldo teria sido morto supostamente por uma dívida de drogas. Perto do corpo, foram localizados uma carteira com documentos pessoais de um dos acusados, um rádio comunicador, utilizado para copiar a frequência da Polícia Militar, e documentos da motocicleta que, supostamente, teria sido utilizada no crime.
Uma parente da vítima apontou os acusados como autores do homicídio. Segundo esta versão, Hunaldo era usuário de entorpecentes e estaria em dívida com um dos réus, que era “conhecido vendedor de drogas na região” e mantinha, “inclusive, intensa ligação com a facção criminosa Comando Vermelho”.
Hunaldo foi atingido por um tiro no tórax e caiu. Em seguida, o assassino efetuou mais um disparo e a vítima acabou morrendo no local. A dupla segue presa no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.