O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) informou hoje que recebeu R$ 2.284 milhões, desde o ano passado, através de parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) da 23ª região, atendendo 18 projetos de extensão em diversos campi, como Cuiabá –Octayde Jorge da Silva, Bela Vista, Primavera do Leste, Confresa, Tangará da Serra, São Vicente, Várzea Grande e Juína. Os recursos são oriundos de termo de ajustamento de conduta e multas por dano moral coletivo foram destinados a ações de extensão nos campi a agricultores familiares, micro e pequenos comerciantes, discentes do Instituto Federal, das escolas municipais e estaduais, como também pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O reitor do IFMT, professor Willian Silva de Paula, avaliou que receber a instituição não conseguiria fazer investimentos nesse porte com o orçamento que possui. “Na atual circunstância que vivenciamos hoje, os gestores que compõem o IFMT têm trabalhado com prioridades, e a primeira delas é a manutenção, como, por exemplo, que o período letivo seja cumprido, as atividades sejam executadas com primor e qualidade. Ao pensar em projetos que também fomentam e fortalecem a missão da instituição, sem este recurso ficaria inviável para que o IFMT investisse um montante como esse”.
O reitor explicou que o valor previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019 para ação de “investimento, reestruturação e modernização de Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica” foi de R$ 2.5 milhões. O valor repassado pelo MPT se analisarmos somente o ano de 2019, representa quase 91 % do valor total do orçamento. Cabe ressaltar que o montante previsto nessa ação da LOA está 30% está bloqueado”, disse.
O Campus Tangará da Serra foi contemplado com cerca de R$ 110 mil e foi possível instalar um laboratório de idiomas que tinha sido doado pela UFMT, os reparos e a instalação foram feitos com esse repasse do Ministério Público.
No Campus São Vicente foi criado o Centro Vocacional Tecnológico de Agroecologia e Produção Orgânica do Cerrado (CVT), que tem previsão para receber R$ 650 mil através da parceria e atualmente já recebeu R$ 171 mil proporcionando abrir uma frente de trabalho para a escola, tanto para a pesquisa, extensão, quanto na produção de alimentos orgânicos.
Primavera do Leste recebeu R$ 283 mil investidos no clube de robótica, no laboratório de matemática, em material esportivo, em instrumentos musicais e na fanfarra.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Rafael Mondego Figueiredo, disse que o MPT em Mato Grosso reconhece na educação pública de qualidade um instrumento de transformação social. “Assim, nada mais justo que beneficiar, com os resultados da atuação do órgão, instituição de tamanha relevância no âmbito do ensino e da pesquisa científica no Estado de Mato Grosso, possibilitando o ingresso, no mercado de trabalho, de profissionais cada vez mais capacitados, que terão papel decisivo no crescimento econômico do país”, apontou, através da assessoria.