O delegado de Polícia Civil Ugo Reck de Mendonça disse, há pouco, ao Só Notícias, que, se o sitiante Jairo Narcísico da Silva, 64 anos, não confessasse ter assassinado e enterrado, há 24 anos, a esposa, Luzineide Leal, em 1994, o crime “nunca teria sido descoberto”. Os restos mortais foram encontrados, no final da manhã, em uma residência (onde o casal residia) no Jardim das Palmeiras. A Polícia Civil concluirá o inquérito em poucos dias. Se Jairo for indiciado por ocultação de cadáver a pena prevista é de 3 anos de prisão. “Mesmo se condenado ele ficaria no semi aberto ou aberto”, explicou. Ele não deve responder pelo assassinato porque prescreveu.
Hoje, conforme Só Notícias informou, Jairo voltou a casa onde matou a esposa – com golpes de pé de cabra enquanto ela dormia e a enterrou em um banheiro que estava sendo construído. Ele indicou o local, foi feita escavação, encontrados restos mortais, roupas e outros pertences. Na época, Jaime fez buraco, colocou tábuas, o corpo e concretou (cerca de 20 centímetros).
De acordo com o delegado, a princípio Jairo “não tem histórico criminal”. “Era muito ciumento” e esse teria sido motivo principal do assassinato. Depois do bárbaro crime, ele teria saído da cidade. Atualmente, segundo Ugo, mora em um sítio e se casou recentemente. Jairo teria passado a frequentar uma igreja. Ele disse que estava ” com a consciência pesada” e procurou a delegacia em Sinop para confessar o crime.
Familiares de Luzineide acompanharam, emocionados, o trabalho dos policiais em achar o corpo que será sepultado em Sinop. Alguns, revoltados, chamara Jairo de “assassino” quando ele deixou a casa e saiu em um carro. Ele não quis falar com os jornalistas. A casa não é mais dele e o Poder Judiciário autorizou a polícia fazer buscas para encontrar os restos mortais.