O ilustre filho cuiabano e imortal da Academia de Letras, Roberto Campos, dizia que quando chegou ao Congresso queria fazer o bem, mas o que dava para fazer era apenas evitar o mal. Se estivesse entre nós, certamente concretizaria esse desejo inicial e ficaria entre os 379 Deputados Federais que aprovaram a Reforma da Previdência em primeiro turno na última quarta-feira.
Nos termos em que está sendo aprovada, a Nova Previdência nos dá uma sobrevida de apenas uma década, não alcançaremos o desejado trilhão do Ministro Paulo Guedes nem a capitalização e as reformas nos estados e municípios, mas a diminuição das desigualdades que ela gerará não pode ser desprezada. Se economicamente não obteve sucesso pleno, o mesmo não se pode dizer em termos políticos.
O presidencialismo de coalizão foi sepultado. O General da Previdência, Rodrigo Maia, assumiu o posto que o Capitão lhe designou e protagonizou uma estrondosa vitória para o Brasil, recuperando a importância do parlamento, baluarte da democracia, perdida nas últimas décadas. Parece que, enfim, o recado das ruas foi ouvido em Brasília e as reformas serão colocadas para marchar.
A brisa de esperança soprada por Curitiba chegou ao Planalto Central e este país começa a dar passos firmes e vigorosos para reduzir a pobreza e voltar a gerar empregos. A jornada é extensa. Precisa, ainda, passar por uma segunda votação na Câmara e depois, também em duas votações, no Senado.
Winston Churchill já dizia: “Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos”. Se a reforma dos estados e municípios ficar mesmo de fora, o povo mato-grossense terá a doação integral dos meus esforços para aprovar as reformas necessárias para que os salários sejam pagos em dia e tenhamos dinheiro para investir em saúde, educação e segurança pública