A secretaria municipal de Saúde divulgou balanço, esta tarde, informando que entre 2017 e 2018, houve queda de 37,6% no número de novos casos de HIC confirmados, passando de 162 para 101. “Em 2019, espera-se novo recuo, já que, no primeiro semestre, houve o registro de 42 ocorrências”, informa.
A secretaria mantém o SAE (Serviço de Assistência Especializada) que proporciona tratamento e cuidados para pessoas infectadas para que tenham uma vida normal. Conforme o médico obstetra/ginecologista e coordenador do SAE, Walther Esteves Lima, com o aumento das capacitações nas unidades de saúde, aumentaram-se as ofertas de testes rápidos, que são muito importantes para um diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo a pessoa infectada for tratada, menor vai ser a chance de ela contaminar outros parceiros(as). Outro fator importante é a conscientização da população, que cada vez mais tem procurado realizar o teste e até mesmo fazer o uso de medicamentos para pré-exposição e até para pós-exposição, além do tratamento em si, que pode zerar a carga viral das pessoas que já contraíram a doença”, frisa.
No SAE e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) é ofertada a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que é um medicamento antiretroviral e pode ser tomado por pessoas que tiveram um possível contato com o vírus HIV. A PEP serve para auxiliar em situações como, por exemplo, violência sexual, relação sexual desprotegida, acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico).
Outro método acessível para o cidadão, disponível no SAE, é a Profilaxia Pré-Exposição (PREP), recomendada para pessoas que ainda não foram contaminadas pelo vírus, porém, que se encaixem no grupo pessoas com mais probabilidade de contrair a doença – como homossexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, transexuais e para pessoas que se relacionam com soros positivos. Trata-se de um método preventivo que impede que o vírus HIV infecte o organismo.
Para o médico, ofertar aos munícipes um parto seguro se tornou o carro-chefe do SAE. “Há seis anos não temos nenhum caso de transmissão vertical e isso mostra a eficiência de um trabalho feito em conjunto, dentro do SAE, nas UBS’s e também nos hospitais”, conta. No entanto, o médico alerta que os números positivos significam que todos deveram continuar de olhos abertos, aumentando a atenção. “Quem tem vida sexual ativa, tem que buscar a testagem. Independentemente de que classe social pertença, nível de escolaridade que se tenha, todo mundo tem que fazer os exames e, principalmente, usar a camisinha, pois ela ainda é o método mais eficaz contra a doença”, finaliza.
Hoje, a prefeita Rosana Martinelli foi ao SAE acompanhar o trabalho desenvolvido. “A nossa gestão tem trabalhado muito forte na humanização dos atendimentos e o SAE mostra isso com muita clareza. Os profissionais desse serviço são capacitados para acolher da melhor forma o cidadão. São mais de mil pessoas sendo atendidas, por mês, na unidade. Essa redução, do último ano, de quase 38% nos novos casos de HIV/Aids, mostra que nosso trabalho está valendo a pena e vamos continuar melhorando junto ao cidadão”, disse.
A informação é da assessoria.