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Mauro comemora aprovação da reforma da Previdência e diz que mobilização agora é para incluir Estados

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: arquivo/assessoria)

O governador Mauro Mendes (DEM) acompanhou em Brasília a votação que aprovou o texto-base da Reforma da Previdência ontem á noite. Apoiador incondicional da reforma, ele foi se empenhar pessoalmente para que a bancada votasse favorável. E teve sucesso, uma vez que apenas a deputada Rosa Neide (PT) votou contrário. Simpático e feliz com a vitória, o governador gravou vídeos de agradecimento, inclusive à petista, e voltou a cobrar a inclusão dos estados e municípios no texto que será apreciado pelo Senado.  “Estamos acompanhando aqui com os nossos deputados, esta grande vitória da reforma da previdência. Quero parabenizar os nossos deputados federais e fazer um esforço para incluir, lá no Senado, os estados e municípios”, disse, ontem à noite, pouco após a votação. “Para o bem do Brasil, tenho certeza que isso vai trazer crescimento e geração de emprego. Vai fazer o Brasil voltar a crescer e todos nós, brasileiros, temos a ganhar com isso”, completou em suas redes sociais.

Desde o início das discussões, Mauro Mendes se mostrou favorável à reforma da previdência como alternativa para reduzir o déficit previdenciário estadual que no primeiro quadrimestre deste ano chegou a R$ 276 milhões.

Nos seguidos encontros com governadores, o governador defendeu a inclusão dos estados e municípios no texto da reforma. Ele quer evitar o desgaste local ao ter que passar pelo mesmo processo de discussão na Assembleia Legislativa.

Conforme Só Notícias informou, ontem o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 1º turno, por 379 votos a 131, o texto-base da reforma da Previdência. Agora os parlamentares começarão a votar os destaques apresentados à proposta. Os destaques podem ser de emenda ou de texto. Para aprovar uma emenda, seus apoiadores precisam de 308 votos favoráveis. No caso do texto separado para votação à parte, aqueles que pretendem incluí-lo novamente na redação final da PEC é que precisam garantir esse quórum favorável ao trecho destacado.

A matéria foi aprovada na forma do substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que apresenta novas regras para aposentadoria e pensões. O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, aumenta as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.
Ficaram de fora da proposta a capitalização (poupança individual) e mudanças na aposentadoria de pequenos produtores e trabalhadores rurais. Na nova regra geral para servidores e trabalhadores da iniciativa privada que se tornarem segurados após a reforma, fica garantida na Constituição somente a idade mínima. O tempo de contribuição exigido e outras condições serão fixados definitivamente em lei. Até lá, vale uma regra transitória.

Para todos os trabalhadores que ainda não tenham atingido os requisitos para se aposentar, regras definitivas de pensão por morte, de acúmulo de pensões e de cálculo dos benefícios dependerão de lei futura, mas o texto traz normas transitórias até ela ser feita.

A maioria dos deputados federais de Mato Grosso votou a favor: Neri Geller, Jose Medeiros, Nelson Barbudo, Emanuel Pinheiro Neto, Carlos Bezerra, Leonardo Albuquerque e Juarez Costa. A deputada Rosa Nedei foi contrária.

“Tivemos um dia histórico. Foi uma votação esmagadora. É um passo importante para que possamos mostrar a sociedade que o Congresso Nacional está fazendo o seu papel, de diminuir o custo da máquina pública, fazer o enxugamento para que no futuro próximo sobre dinheiro para investimentos”, disse o deputado Neri Geller, coordenador da bancada federal mato-grossense.
O governo prevê que, com as mudanças, haverá economia de R$ 775 bilhões nos próximos 10 anos.

Por 265 votos a 184, a emenda do deputado Wellington Roberto (PL-PB) à proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19) que excluía os professores das mudanças da reforma, mantendo as regras atuais para esses profissionais de educação infantil e ensino médio, no setor público ou privado.

Atualmente, a aposentadoria por idade para homens é de 65 anos e para mulheres 60 com no mínimo 15 anos de contribuição. Com a proposta aprovada, homens se aposentarão aos 65 anos (com 20 anos de contribuição) e mulheres aos 62 anos (tendo que contribuir 15 anos). A alíquota de contribuição, pelo texto aprovado hoje, passa para 7,5% para quem ganha até um salário mínimo. E 11,68% para quem ganha de R$ 3 mil a R$ 5,939 mil mensais que é o teto do INSS. O trabalhador que contribuir pelo tempo mínimo ( 20 anos homens e 15 mulheres) terá renda igual a 60% da média de todos os salários de contribuição, assegurado o salário mínimo. Para ter direito a 100% da média dos salários será necessário contribuir por 40 anos.

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