A cidade de Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá) é responsável por 53% de todo café produzido em Mato Grosso, produz 3.600 toneladas do grão, enquanto que as demais 27 cidades produtoras de café, com destaque para Juína, Nova Bandeirantes, Aripuanã e Cotriguaçu, colhem 3.176 toneladas. Para estimular outros municípios a despontarem na cafeicultura, o governo do Estado prepara a implantação de um projeto de expansão da cafeicultura, com previsão de lançamento em setembro, prevê a implantação da cafeicultura em 30 municípios no Nortão, Oeste, Médio Norte e Centro Sul. Serão escolhidos 125 agricultores familiares, que destinarão um hectare de suas propriedades para o cultivo do grão. Técnicos da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), juntamente com os produtores, aplicarão boas práticas de produção, que servirão de vitrines para atrair outros interessados.
A proposta é fazer com que Mato Grosso salte em produtividade, passando da atual média de 14 sacas de café por hectare colhido, para 70 sacas nas áreas incrementadas. A escolha do café para ser alvo principal de um projeto do governo estadual pelo fato de a cultura ser bastante utilizada em pequenas propriedades familiares e com alta rentabilidade em menores áreas.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café e 2º maior consumidor da bebida no mundo. Mato Grosso está entre os 10 maiores produtores do país, porém tem condições de clima e solo para estar entre os cinco primeiros.
O superintendente de Agricultura Familiar da secretaria estadual de Agricultura Familiar, George Lima, explica, através da assessoria, que o projeto de expansão da cafeicultura prevê incremento de cerca de 10 mil sacas do grão na produção estadual. Ele acrescenta ainda que dentro dos 30 municípios participantes, serão escolhidas áreas indígenas. “Nas quatro regiões atendidas pelo projeto terão jardins clonais que permitirão a produção de novas mudas de café. Também haverá capacitação dos técnicos e parcerias com agentes financeiros, para viabilização de crédito aos produtores, para que eles adquiram os sistemas de irrigação e insumos para a implantação das lavouras de café”, afirma.