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Governador diz que ‘esse tipo de político me dá nojo’ em recado a Wilson Santos

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

O governador Mauro Mendes (DEM) não deixou barato e mandou um recado direto ao deputado Wilson Santos (PSDB), que no começo do ano instalou outdoors pelo estado pedindo a taxação do agronegócio, mas que agora se mostra contrário ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 53/2019 para reinstituir e convalidar as renúncias e incentivos fiscais em Mato Grosso e que junto traz uma minirreforma tributária no texto, o que também desagrada à classe empresarial e rural. Mendes disse sentir “nojo” desse “tipo de político”.

“Tem um deputado que falou para nós, temos testemunhas, e até soltou outdoor pela cidade dizendo que o governador teria que ter tributado muito mais. Só que agora nos critica por estarmos fazendo isso. Esse tipo de político, que uma hora fala uma coisa, outra hora fala outra, com todo respeito, me dá nojo. Podemos até divergir, mas tem que fazer política com a verdade. Temos que ser coerentes”, rebateu ontem durante entrevista coletiva.

Mais do que ser contrário, Wilson Santos capitaneia a oposição ao projeto junto com o colega Lúdio Cabral (PT). Os dois chegaram a entrar na justiça para anular a sessão extraordinária que leu a mensagem do governo no dia 27 e, por cautela, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), reiniciou a tramitação anteontem.

Wilson também tem monitorado, junto com os empresários, os votos dos deputados e chegou a dizer em tribuna que tem 11 votos, o que inclui parlamentares da base governista, e que só precisaria de mais um para derrubar o projeto. Em resposta, o governador disse que se empenha pessoalmente na aprovação da mensagem e que não acredita em derrota no parlamento.

“Eu acredito que todos os deputados que compreenderem o que está escrito em todos os artigos, vão ver que tem muita coisa importante para o bem do nosso Estado. Aqueles que são bem intencionados, vão votar conosco”, analisou Mendes.

Ontem à tarde, no Palácio Paiaguás, o governador anunciou que o projeto de incentivos fiscais precisa de ajustes porque há várias irregularidades constatadas. Ele rebateu criticas e considerou fake news que algumas empresas deixariam de investir no Estado. Mauro e diretores de um grupo anunciaram que, este mês, começa a operar a indústria de álcool a base de milho em Sinop e outra está sendo construída em Nova Mutum.

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