O delegado de Polícia Civil Daniel Nery disse acreditar que o agente Elison Douglas da Silva, 37 anos, foi executado por ordem de alguém do Centro de Detenção Provisória (CDP) por ser rígido com as regras da unidade. “A gente imagina que tenha vindo uma ordem de dentro da cadeia mesmo porque o Douglas era um agente que era rígido com as regras. Então, isso incomoda. Não gostavam muito da postura dele e por isso veio algum tipo de ordem”, disse. O menor, de 15 anos, que foi apreendido horas depois da execução confessou participação e teria dito que foi abordado pelo agente armado e não teria gostado. Segundo o delegado, a versão não convenceu. 
“Paralelo a apreensão do menor, outras equipes foram atrás de evidências. Uma das equipes foi averiguar o local onde poderia estar escondidas as armas do crime (o agente levou mais de 20 tiros na porta de uma casa). No local encontramos duas espingardas, uma pistola 9 milímetros. Os disparos foram feitos por projeteis calibre 380 e 38, conforme a descrição feita pelo perito. Uma pistola 9 mm consegue disparar projeteis de calibre 380. Não descartamos a possibilidade dessa arma 9 mm, ter sido a arma do crime. Uma terceira equipe (em outro local) foi recebida a tiros, houve troca de tiros e com isso conseguiram fugir. Não foram encontrados até o momento. Ninguém se feriu”, emendou.
Outros três envolvidos, apontados pelo menor, seriam de Cuiabá e estão foragidos. O menor é apontado pela polícia como o autor do homicídio de Marcelo Mayke Martins, 28 anos, no Bairro Bandeirantes, no dia 26 de maio. Ele também é investigado nos assassinatos de dois adolescentes, de 15 e 16 anos, no dia 30 do mesmo mês. Três adolescentes foram sequestrados e dois deles foram assassinados, em uma região de mata entre Sorriso e Lucas do Rio Verde. O terceiro adolescente, de 16 anos, foi baleado.