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Governo propõe não cortar ponto se greve nas escolas for encerrada; sindicato diz que não há acordo

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Só Notícias/Herbert de Souza

Representantes do governo do Estado e do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep) se reuniram, esta tarde, em audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, em Cuiabá, para mais uma tentativa de encerrar a greve nas escolas em Mato Grosso, que, nesta quinta-feira, completou um mês. Com a condição de que as aulas sejam retomadas na próxima terça-feira (2), o governo apresentou uma proposta para suspender o corte de ponto dos profissionais que não estão trabalhando.

Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, o governo pretende pagar de forma parcelada os salários que foram descontados, caso a proposta seja aceita. “A proposta foi de que o governo irá repor até o dia 20 de julho, 50% dos pontos que foram descontados e até o dia 10 de agosto, o restante. Mas desde que eles cumpram o ano letivo ainda em 2019”, disse, por meio da assessoria.

O sindicato deverá apreciar a proposta na próxima segunda-feira (1), quando realizará uma assembleia. Em nota, no entanto, o Sintep adiantou que os profissionais da educação saíram da audiência “sem acordo para o encerramento da greve”. A avaliação do sindicato é de que a reunião teve foco apenas no corte de ponto dos grevistas, enquanto que a discussão sobre o cumprimento da lei 510 de 2013, foi “ignorada”.

“A condicionalidade do fim da greve é o cumprimento da Lei 510. O governo escolheu a lei que vai cumprir, ignorando todas as demais, inclusive a Constituição do Estado nos artigos que apontam meios para garantir os recursos. Essa é a escolha dele”, afirmou o presidente do Sintep em Mato Grosso, Valdeir Pereira.

Segundo Mauro Carvalho, a proposta feita pelo governo tem validade só até a próxima semana. “Caso não seja aprovada pelo Sintep, será retirada da pauta, para uma outra negociação que possa surgir no futuro. Porém, essa proposta só tem validade até segunda-feira”, explicou Carvalho.

A Lei 510 de 2013 prevê reajuste salarial de 7,69%, em 2019, e é a principal reivindicação do movimento. Os grevistas também cobram a Revisão Geral Anual (RGA), que o governador Mauro Mendes congelou por dois anos, além de melhorias na infraestrutura das escolas, chamamento dos classificados no último concurso da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), realizado em 2017, entre outras pautas.

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