Os profissionais da educação da rede estadual deliberaram, esta tarde, pela continuidade da greve, por tempo indeterminado. Foi aprovada ainda uma agenda de mobilizações que começa nesta terça-feira, às 7 horas e prossegue até o dia 1º de julho, quando está marcada nova assembleia geral, para reavaliar o movimento ou proposta que venha a ser apresentada.
Há quase 30 dias de greve, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) aguarda proposta do governo para o cumprimento da Lei 510/2013, que prevê a dobra do poder de compra dos profissionais com reajustes anuais (este ano seria de 7,6%) até 2023. Outro ponto que a categoria cobra é o pagamento imediato dos salários referente ao corte de ponto dos trabalhadores. “Sem salário não haverá reposição de aulas”, afirmaram os grevistas.
A categoria insiste ainda na apresentação de propostas que avancem na pauta, “inclusive com caminhos já apontados pelo próprio sindicato, com solução para a falta de recursos do governo. E mais, continuam aguardando a audiência de conciliação determinada pelo Tribunal de Justiça. Paralelamente, darão continuidade nas ações junto à Assembleia Legislativa para construção de uma proposta alternativa com mediação dos deputados; e ainda cobram a atuação do Ministério Público Estadual na mediação”, afirmou a assessoria.
“Aguardamos que nesta terça-feira (25), durante reunião agendada pelo governo, na Secretaria de Gestão e Planejamento, às 15 horas, possa ser apresentada uma proposta que avance na negociação”, destacou o presidente do Sintep, Valdeir Pereira.
A assembleia reuniu grevista de todo o estado na Escola Estadual Presidente Médici, e finalizou com ato público saindo pela avenida Mato Grosso, passando pela avenida Coronel Escolástico (Prainha) até a Praça Alencastro, no centro da capital.
Conforme divulgado pelo Sintep, os grevistas farão manifestos, nesta terça-feira, nas rodovias federais de Mato Grosso em Sinop, Cuiabá, Barra do Garças, Cáceres e Barra do Bugres. Os horários e duração dos atos, além de outros detalhes, não foram informados.
Na quarta-feira, os profissionais vão acampar na Assembleia Legislativa. Na quinta-feira, farão acampamento no Palácio do Governo. Um ato no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) está marcado para sexta-feira.