O juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, negou os pedidos do bicheiro João Arcanjo Ribeiro e de seu suposto assessor Noroel Braz da Costa Filho para transferência de unidade prisional. Eles estão recolhidos na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde o dia 29 de maio, quando foi deflagrada a Operação Mantus, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Os detentos queriam ser removidos para o Centro de Custódia da Capital (CCC), mas o magistrado ponderou que não cabe a ele decidir sobre a distribuição dos presos. A decisão cabe a secretaria de Estado de Segurança.
“Com essas considerações, indefiro o pedido de transferência formulado pelas defesas de Noroel Braz da Costa Filho e João Arcanjo Ribeiro especialmente porque não cabe a este juízo interferir na administração penitenciária”, pontuou o magistrado na decisão publicada, hoje, no Diário de Justiça Eletrônico.
Para o CCC são encaminhados apenas detentos com nível superior que esperam sentença. Na Operação, Arcanjo é acusado de usar o genro Giovani Zem para administrar a empresa Colibri, da qual é fundador e que atua no jogo do bicho. Noroel seria assessor e segurança responsável pelas cobranças dos responsáveis pelos pontos de aposta do jogo de azar.
No mesmo Diário foi publicada a decisão que negou os pedidos Frederico Muller Coutinho, e outros cinco investigados na mesma operação. A decisão de Jorge Luiz Tadeu seguiu o parecer do Ministério Público Estadual.
Na concorrência com Arcanjo, Frederico Muller seria dono da Ello FMC que também atua no ramo do jogo do bicho. Os demais presos são acusados de trabalhar para o empresário.
A Operação Mantus foi deflagrada no dia 29 de maio passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia Fazendária para investigar a prática de contravenção do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
As empresas Ello FMC e Colibri são apontadas como administradoras dos jogos de azar Estado e 32 pessoas foram presas na ação policial.