O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) informou, hoje, que o setor busca criar um selo de sustentabilidade que atenda a legislação brasileira e os protocolos europeus, conferindo garantias para a comercialização internacional de madeira nativa. Um estudo vai comparar o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora) de Mato Grosso com os padrões internacionais de sustentabilidade de madeira nativa reconhecidos pelo mercado europeu. A proposta é analisar todos os aspectos dos protocolos de controles mato-grossense e europeu identificando semelhanças e diferenças, com avaliação crítica da eficiência de ambos e, ao final, recomendar os ajustes necessários para que o Sisflora atenda aos requisitos internacionais.
Esse trabalho é a primeira etapa de uma parceria firmada este ano entre o Cipem e a Iniciativa para o Desenvolvimento Sustentável (IDH), que estabeleceu um memorando de entendimento com ações para promover e valorizar o setor de base florestal de Mato Grosso. Serão desenvolvidas atividades para melhorar, continuamente, a cadeia de valor do setor florestal no estado. Além dessa atividade, estão previstas ações de suporte técnico e financeiro para criar um Sistema de Registro de Gestão Florestal Digital, realização de intercâmbios, visitas técnicas e eventos, além do desenvolvimento de estratégias de comunicação para melhorar a imagem do setor base florestal e o acesso a novos mercados, tanto no Brasil quanto no exterior.
As ações estão em consonância com a Estratégia Estadual Produzir, Conservar e Incluir (PCI), uma coalizão territorial de longo prazo para mitigar as questões relacionadas ao uso do solo e recursos naturais. Um dos objetivos da PCI é estabelecer mecanismos de transparência e governança para atrair investimentos que promovam o desenvolvimento sustentável do estado.
Atualmente, Mato Grosso tem 3,7 milhões de hectares de florestas nativas privadas conservadas por meio de Manejo Florestal Sustentável, com expectativa de chegar a seis milhões de hectares até 2030, informa a assessoria.