O Estágio de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, realizado para os alunos do Curso de Formação de Soldados do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso será concluído hoje. O estágio é parte da grade curricular do curso e prepara os bombeiros para atuarem nas ocorrências de incêndios florestais já nesta temporada de seca que tem início em julho. Os bombeiros estão preparados para atender mais de 600 ocorrências.
A unidade responsável pelo conteúdo do estágio é o Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar. O BEA é a unidade especializada em prevenção e combate a incêndios florestais e em resposta a emergências com produtos perigosos. Durante o treinamento os militares habilitam-se para as técnicas de aproximação das chamas, produção de aceiros, manutenção das ferramentas e para cuidarem da própria segurança e dos companheiros.
Neste ano, os “florestais”, como são chamados os bombeiros capacitados para esse tipo de ocorrência, terão apoio de mais uma ferramenta para a gestão de incêndios florestais, as salas se situação desconcentradas. Elas se somam aos florestais e às brigadas mistas municipais como apoio intermediário de unidades de gestão de incêndios florestais com autonomia para a tomada de decisões sobre a prevenção e enfrentamento às ocorrências. A função das quatro salas (Tangará, Cáceres, Sinop e Barra do Garças) é escalar equipe, providenciar viaturas e equipamentos necessários para o combate.
Segundo o Major Jean Carlos Oliveira, do Batalhão de Emergências Ambientais, as despesas com deslocamento e diárias aumentam consideravelmente durante a temporada de incêndios florestais. “Durante três meses, a Temporada de Incêndios Florestais demanda quase a mesma quantidade de diárias que a corporação inteira durante o resto do ano, é um grande desafio administrativo e logístico”, ressaltou, por meio da assessoria.
O mês de fevereiro tem sido o de menor registro de ocorrências de incêndios e queimadas. Em 2018, por exemplo, foram 24 ocorrências em todo o estado, contra 675 no mês de julho. O aumento é de mais de 30 vezes em cinco meses. A soma de janeiro até 17 de junho já conta com 405 ocorrências atendidas. Nos cinco primeiros meses deste ano, a média é de 35 ocorrências atendidas, mas o mês de junho já puxa a média para cima.
Os números de ocorrências se referem aos atendimentos prestados pelo Corpo de Bombeiros. A quantidade de focos de calor, registrados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais é bem maior. Os satélites registram focos de calor em plantações e florestas sem que ninguém abra um chamado, mas ainda assim são contados no total de focos de calor.