PUBLICIDADE

Perícia conclui análise de vídeos do atropelamento que deixou dois mortos e um ferido em Cuiabá

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo/arquivo)

A análise de conteúdo dos vídeos que registraram o atropelamento de três jovens em frente a uma boate na avenida Isaac Póvoas, no dia 23 de dezembro do ano passado, foi concluída pela Gerência de Perícias de Áudio e Vídeo da Politec. O laudo pericial foi requisitado pelo delegado Cristhian Cabral, com o objetivo de analisar especificamente as imagens da ocorrência. O exame constatou que a velocidade média do veículo conduzido pela bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro era de 57 km/h com margem de erro de 6km/h para mais ou para menos. Para as análises foram empregados conceitos de física e de processamento digital de imagens.

O cálculo de velocidade consiste na determinação da distância percorrida pelo veículo em um determinado intervalo temporal. O resultado foi obtido com a utilização das gravações originais do incidente em conjunto com as filmagens obtidas pelos peritos com a mesma câmera de segurança que registrou o fato, para a medição do deslocamento do veículo até o momento da colisão.

Os dados do deslocamento foram obtidos por meio de uma régua graduada, desenvolvida com um tubo de PVC posicionado perpendicularmente, ora a cada um metro, ora a cada dois metros da pista, durante um intervalo não superior a um minuto, sendo possível a elaboração de um “gabarito de referência”, que foi sobreposto aos quadros do vídeo original do incidente.

A Perícia de Trânsito, realizada no local no acidente, logo após a ocorrência do fato levou em consideração os vestígios encontrados na ocasião. Como, as medições da posição do local do atropelamento e a posição de repouso das pessoas atingidas, as trajetórias dos corpos pós-colisão, e a projeção das vítimas com o impacto do veículo.

O resultado obtido, através do cálculo de velocidade com base nesses elementos, foi que o veículo estava a 54 km/h, com margem de erro de 4 km/h para mais ou para menos, no momento em que atingiu as vítimas.

O laudo pericial evidenciou que o fator humano, relacionado aos comportamentos do condutor do veículo atropelador e das pessoas atropeladas, contribuiu para o acidente. O diretor metropolitano de Criminalística, Emivan Batista de Oliveira, avalia que os resultados das perícias demonstram a autonomia entre as gerências de perícias de trânsito e de áudio e vídeo, que trabalham com base em diferentes vestígios e tecnologias.

“O objetivo da perícia criminal é buscar a materialidade de um crime utilizando-se, para isso, do conhecimento científico, por meio de metodologias e técnicas adequadas para a análise de cada vestígio. No caso da perícia de trânsito, o cálculo de velocidade é realizado a partir de medições no local da ocorrência, já a perícia de áudio e vídeo, neste caso, buscou elementos e variáveis a partir de imagens, que são trabalhadas em equipamentos e softwares específicos que convergiram para o resultado final”, explicou.

Os laudos periciais foram anexados ao inquérito policial, dando seguimento às investigações.

Conforme Só Notícias já informou, a acadêmica de direito, Myllena Inocencio Lacerda, 22 anos, morreu no local do acidente. O cantor Ramon Viveiros, de 25 anos, morreu 6 dias depois do acidente em um hospital após ter morte cerebral. A única sobrevivente foi Hya Girotto Santos, 21 anos, que também ficou hospitalizada, mas já teve alta e passa bem.

Rafaela, que dirigia a caminhonete que atropelou os três, foi presa, mas colocada em liberdade durante audiência de custódia. O juiz Jeverson Quinteiro estabeleceu fiança de R$ 9,5 mil, e ela teve a Carteira de Habilitação (CNH) recolhida e deve comparecer mensalmente em juízo e se recolher rotineiramente nos períodos noturnos e aos finais de semana.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE