A secretária municipal de Saúde de Rondonópolis, Izalba de Albuquerque, informou nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, que o município continua buscando junto ao Ministério de Saúde mais 30 mil doses de vacina contra a gripe em função dos cinco óbitos suspeitos por H1N1 ocorridos na cidade entre maio e junho deste ano. O último aconteceu nesta segunda-feira, quando uma mulher de 37 anos, moradora de Rondonópolis, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com suspeita da doença.
Segundo a assessoria da prefeitura, o município conta ainda com seis pessoas internadas com suspeita de H1N1, totalizando 13 casos (entre óbitos, pessoas internadas e que já tiveram alta médica). Outros cinco foram descartados após exames. Todos os pacientes tiveram materiais coletados para os exames e a Saúde ainda aguarda os resultados.
Para a secretária, a população está preocupada assim como a gestão municipal com os casos e por isso é preciso um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o envio para Rondonópolis das doses extras de vacinas. Ela aponta que o cálculo usado pelo MS do número de pessoas dos grupos prioritários que devem ser vacinadas que é baseado na população residente em 2018 pode resultar em erro, o que ocasionou o término antecipado das doses encaminhadas pelo governo gederal para Rondonópolis um dia antes do fim da campanha nacional de vacinação.
Outra preocupação é que os óbitos ocorreram entre pessoas com idade não correspondente e fora dos grupos prioritários. “Estamos lidando com uma situação que precisa ser bem avaliada pelo Ministério da Saúde e necessitamos sim de mais doses da vacina, porque as pessoas que têm condições financeiras pagam pela vacina, mas as quem não têm ficam expostas”, lamenta Izalba.
A secretária ressalta que o senador Wellington Fagundes deve intervir junto ao MS para buscar a liberação das doses extras de vacina, levando em consideração a situação de casos de suspeitos de H1N1 que atingem a cidade. “Esperamos que esse auxílio nos ajude com as vacinas”, explica.
Rondonópolis ultrapassou a meta de 90% de vacinação dos grupos prioritários durante a campanha nacional de vacinação contra a influenza, porém a secretária alerta que ainda há pessoas destes grupos que não conseguiram tomar a vacina. “Não é possível que o Ministério vai deixar Rondonópolis passar por essa situação e nem mesmo se manifestar para nós”, diz.
A prefeitura informou que outras medidas, caso o governo federal não envie novas doses da vacina, já estão sendo estudadas e podem ser adotadas “se a situação não se resolver”.