O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu duas denúncias relacionadas à operação Mantus. A primeira contra integrantes da organização Colibri e a segunda contra a ELLO/FMC. Ao todo, 33 pessoas foram denunciadas. Conforme o Gaeco, as duas organizações disputam espaço desde 2017. Na primeira denúncia, 14 pessoas, entre elas João Arcanjo Ribeiro e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues vão responder pelos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho, extorsão, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
Já a segunda denúncia, referente à organização ELLO/FMC, abrange 19 pessoas e tem como líder Frederico Müller Coutinho e como gerente-geral Dennis Rodrigues Vasconcelos. Segundo o MP, Coutinho foi delator no processo desencadeado a partir da operação Sodoma e também é empresário tradicional na região de Cuiabá, onde explora atividades de cobrança e seguro.
Pesam contra integrantes da ELLO/FMC a prática dos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho e lavagem de dinheiro. Em ambas as organizações, conforme o Gaeco, havia estruturação de forma ordenada, com níveis de hierarquia entre seus integrantes, e tarefas denominadas para cada agente. O acervo de provas colhido durante as investigações foi composto por interceptações telefônicas, afastamento de sigilo bancário, análise de dados em aparelhos celulares apreendidos, prova documental, interrogatórios, relatórios técnicos e documentos extraídos de outras investigações e processos judiciais.
“Considerando a complexidade dos fatos, bem como o número de acusados, inclusive presos, visando o bom desenvolvimento da instrução processual, o Ministério Público optou, com fundamento no art. 80, CPP, por oferecer denúncias separadas em relação a cada organização criminosa”, destacaram os promotores de Justiça que assinaram as duas denúncias.
As informações são da assessoria da imprensa do Ministério Público de Mato Grosso.