A juíza Suelen Barizon negou o pedido de soltura feito pela defesa de um dos suspeitos de executar, a facadas, o pintor Renildo Alves da Silva, 32 anos, com pelo menos quatro golpes de faca nas costas, no centro de Matupá (205 quilômetros de Sinop), em novembro do ano passado. O réu foi preso no mesmo dia.
Em audiência na comarca de Matupá, a defesa ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando que o acusado possui “predicados favoráveis” e “primariedade”. Argumentou ainda que outras medidas cautelares seriam “suficientes para reprimir eventual reiteração, bem como que os pressupostos da prisão preventiva não mais subsistem haja vista o encerramento da instrução criminal”.
Para a magistrada, no entanto, não foi apresentado “fato novo capaz de alterar a decisão repressiva, de modo que a simples alegação de primariedade e predicados favoráveis, de “per si”, não obstam a manutenção da prisão preventiva”. Suelen ressaltou que “os fundamentos adotados para a decretação da prisão preventiva indicam, no caso concreto, que as medidas alternativas são insuficientes para acautelar a ordem pública e evitar a prática de novos crimes”.
A juíza também destacou que há indícios de que o crime tenha sido cometido “por motivo fútil, com viés de crueldade e desprezo pela vida humana e, ainda, auxiliado por menores de idade, mediante divisão de tarefas, sendo todos integrantes de organização criminosa”, situação que, segundo ela, “redunda” na “periculosidade acentuada” do réu.
Conforme Só Notícias já informou, uma equipe médica chegou a ser acionada e constatou a morte de Renildo no local. Segundo informações de uma funerária, Renildo Alves não era casado e trabalhava como pintor no município.
O homem de 26 anos foi preso nas proximidades de um posto de combustíveis acusado de envolvimento no crime. Ele foi visto passando correndo, pouco tempo depois do homicídio.