O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ), Luís Alberto Novaes, defendeu a adoção do vazio sanitário e da calendarização da semeadura de soja, práticas importantes no combate à proliferação do fungo que ataca as lavouras da oleaginosa, dando mais eficiência no uso dos defensivos. “O vazio sanitário é um período sem a cultura da soja no campo para termos menor pressão da doença na próxima safra e a calendarização é extremamente importante também para minimizar a evolução de resistência do fungo aos princípios ativos hoje disponíveis e assim termos mais eficácia na aplicação de defensivos”, explicou.
Segundo ele, a CNA é favorável às duas práticas e destacou a importância da Embrapa para desenvolver pesquisas que possam ajudar no controle e no combate da ferrugem. “Por isso discutimos esses dois temas no evento para que a gente possa difundir cada vez mais a importância dessas práticas nos estados e adotar uma estratégia conjunta”, reforçou Novaes, no evento realizado em Brasília para discutir a situação atual e os desafios para o controle da ferrugem asiática da soja, realizado pelo Ministério da Agricultura, Embrapa e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Em Mato Grosso, o último vazio sanitário da soja foi de junho a setembro, com duração de 90 dias.