Alguns senadores por Mato Grosso divergem sobre a possibilidade de prorrogar o mandato de prefeitos e vereadores por mais dois anos. De um lado, Wellington Fagundes (PL) considera válida a mudança. Já o senador Jayme Campos (DEM) é a favor de consulta plebiscitária ou referendo para que a população decida sobre o assunto.
“Para não parecer que os parlamentares estão legislando em causa própria, o ideal seria uma consulta plebiscitária que decidiria sobre a duração dos mandatos, se vamos ter eleições a cada dois anos ou a cada quatro anos. Nas grandes democracias até mesmo questões envolvendo a opção sexual, a religião enfim, tudo que diz respeito à população ela mesma, através dos seus representantes, no caso os governantes, definiria as regras”, ponderou Campos.
Fagundes, por sua vez, já conversou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre e vai solicitar que a proposta seja apreciada em regime de urgência assim que for aprovada na pela Câmara dos Deputados. Hoje, sob apreciação da Câmara, a proposta prevê a coincidência das eleições a partir de 2022 quando o eleitor poderá escolher desde o vereador a presidente da República.
O relator, deputado Valtenir Pereira, diz que a realização de eleições no Brasil somente a cada quatro anos e não mais a cada dois, como acontece hoje, vai representar uma economia de R$ 3 bilhões.
Fagundes também estuda a proposta de apresentar um projeto de Lei no Senado também prevendo a coincidência das eleições. “Assim, quando a proposta da Câmara chegar ao Senado, o assunto já teria sido discutido também pelos senadores. O projeto precisa ser aprovado até outubro para valer já para as eleições do ano que vem”, explica, disse Fagundes