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Preso em operação contra jogo do bicho é transferido para cadeia em Sorriso; mulher aguarda vaga

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Redação Só Notícias (fotos: Só Notícias/Lucas Torres/assessoria)

O homem preso em Sorriso, ontem, durante  operação “Mantus” que desarticulou uma organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e contravenção penal denominada “jogo do bicho” foi ouvido pelo delegado e encaminhado ao centro de ressocialização. Já a mulher presa na mesma operação, aguarda vaga em uma cadeia feminina, enquanto isso permanece na delegacia do município. O mandado de prisão, de ambos, é preventivo.

Em Sinop, uma pessoa, que não teve a identificação divulgada, foi presa e encaminhada à delegacia municipal por investigadores do Gerência de Combate ao Crime Organizado. De acordo com o delegado Frederico Murta do GCCO, ele era um dos gerentes do jogo na região e usava uma empresa de fachada, mas que na verdade era um escritório de jogos, principalmente de jogo do bicho. “Foi apreendida grande quantidade de material, contabilidade, muitas máquinas do jogo do bicho. A investigação já tem quase dois anos e foram identificados dois grandes grupos que controlavam o jogo do bicho no Estado”, explicou, anteriormente.

“O rapaz que foi preso em Sinop era o gerente que comandava as operações de um desses grupos na região norte do Estado. Então, todas as bancas de jogos e pessoas que “trabalhavam” com essa atividade na região norte se reportavam a ele. É um dos membros da organização a qual o Arcanjo é um é o grande comandante. Apenas no último ano eles movimentaram mais de R$ 20 milhões de reais”, emendou.

Ao todo, foram expedidos 33 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão domiciliar. Hoje, mais um alvo da operação teve mandado de prisão cumprido pela Polícia Civil de Mato Grosso com apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Ele foi preso na cidade de Recife (PE) e pertencia a organização Colibri e cuidava do jogo do bicho na região de fronteira. Entretanto, a Polícia Civil apontou que os líderes das duas organizações criminosas rivais, uma comandada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, e outra liderada por Frederico Muller Coutinho, foram presos.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho, ambos presos, ontem.

Arcanjo, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de Reais em impostos, entre outros crimes.

No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.

“O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador”, apontou a Polícia Civil.

Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

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